Calendário de 2014 do banco tem como descrição no dia 25 de outubro o "suicídio de Vladirmir Herzog", e não o assassinato do jornalista, torturado e morto no Doi-Codi durante a ditadura militar; não deveria ser surpresa para os clientes, uma vez que a agenda de 2014 marcou a data de 31 de março como a do "aniversário da Revolução de 1964". A descrição é registrada no canto superior de cada página do brinde, espaço dedicado a fazer a marcação ou a celebração daquela data.

A versão do suicídio da morte de "Vlado", como era conhecido, já foi desmentida, sendo substituída pela da tortura e assassinato por membros do Doi-Codi, onde o jornalista estava preso durante a ditadura militar. A notícia sobre a agenda do Itaú é da newsletter de negócios e finanças \’Relatório Reservado\’.

O boletim desta segunda-feira 17 relembra o histórico do Itaú em relação à ditadura, o que mostra que o tratamento sobre a morte de Herzog não deveria ser de se espantar. No mesmo brinde distribuído em 2014, o banco descreve na página do dia 31 de março o "aniversário da Revolução de 1964".

"Não custa lembrar que o verdadeiro dono do Itaú era o empresário Eudoro Villela, pai da socialite Milu Villela, muito devotada às causas sociais. Dom Eudoro era o maior financiador e presidente da Anpes, a versão bandeirante do carioca Ipês – ambos órgãos dedicados à conspiração civil para a concretização do golpe militar", relembra o RR.
 

Fonte: Site 247


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