— Vocês fizeram o serviço de vocês, nós vamos fazer o nosso. Assim os criminosos que atacaram dois caixas eletrônicos na madrugada do último sábado (14), em Lindolfo Collor, anunciaram a ação para os reféns que foram obrigados a dar as mãos e formar um escudo humano na frente dos equipamentos.

Eles saíam do turno de trabalho na fábrica de couro Minuano. O ônibus foi usado pelos bandidos para bloquear a avenida, a principal da cidade, e impedir o acesso de outros carros.

Os ladrões chegaram ao local, na Avenida Capivara, no centro da cidade, pouco antes das 3h, em uma Ecosport. O ônibus estava estacionado na frente da fábrica, aguardando os trabalhadores que tinham saído do turno de serviço às 2h40min. Segundo um funcionário, havia em torno de 15 pessoas no local se preparando para ir embora. O motorista do ônibus foi o primeiro a ser rendido.

— Eu estava fumando e eles chegaram, deram ré e pararam. Disseram que não era nada com as pessoas, queriam o dinheiro. Tentei correr, mas me pegaram e tive que ficar ali com as mãos para cima — contou um funcionário, que preferiu não se identificar.

O bando espalhou miguelitos pela pista. Depois de obrigar os trabalhadores a darem as mãos e formarem um escudo na frente dos caixas, que ficam a cerca de 30 metros da fábrica, os bandidos instalaram explosivos nos equipamentos. Houve mais de uma explosão, segundo um funcionário da fábrica. Os criminosos teriam conseguido pegar valores e fugiram cerca de 10 minutos depois de iniciada a ação.

Ninguém ficou ferido. Conforme o soldado Jair Vargas, da Brigada Militar de Lindolfo Collor, um dos caixas ficou totalmente destruído. O outro foi atingido por chamas e até cédulas teriam queimado. Segundo o funcionário da Minuano que falou com Zero Hora, os ladrões teriam conseguido roubar dinheiro.

Fonte: Zero Hora Online
 


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