Cerca de 100 bancários e bancárias de todas as regiões do Pará participaram no último sábado (14), em Belém, da 9ª Conferência Estadual. Os participantes referendaram a minuta de reivindicações do ano passado com algumas alterações para a Campanha Nacional 2014.

Pela primeira vez o Pará elegeu uma delegação totalmente paritária na representação de gênero, sendo 5 homens e 5 mulheres que representarão o estado na 16ª Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 25 a 27 de julho, em Atibaia (SP).

Propostas aprovadas

Dentre as propostas aprovadas para serem incluídas na minuta geral de reivindicações, merecem destaque: o índice de reajuste salarial de inflação mais 10% de ganho real, licença paternidade igual à licença maternidade, regras claras para comissionamento e descomissionamento em todos os bancos, critério de pelo menos 15 funcionários para abertura de novas agências, contratação de mais bancários e bancárias e mais investimentos em segurança, dentre outros. Outra proposta aprovada foi a retirada da cláusula da minuta geral, que trata da regulamentação da remuneração variável.

A abertura da 9ª Conferência contou com a presença da presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, do vice-presidente da Fetec-CUT Centro Norte, Sérgio Trindade, e do presidente da CUT do Pará, Martinho Sousa.

O evento também contou com uma mesa de conjuntura, da qual participaram o técnico do Dieese no Pará, Everson Costa, e o deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), além de uma mesa sobre os eixos da Campanha Nacional que teve as explanações de Rosalina Amorim.

Em todas as mesas de debates, houve um ponto em comum: a necessidade de a categoria bancária engajar-se em lutas gerais da classe trabalhadora, sobretudo no combate ao Projeto de Lei 4330 que libera a terceirização; a construção do Plebiscito Popular por uma Constituinte pela Reforma Política; e a luta pela democratização da mídia. São bandeiras consideradas pelos movimentos sociais como imprescindíveis para o avanço democrático no Brasil.

"Nossa 9ª Conferência Estadual foi muito positiva, representativa e produtiva do ponto de vista dos debates que fizemos e das resoluções aprovadas. Nossa categoria sai dessa Conferência ainda mais unificada e disposta a lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho", afirma a presidenta do Sindicato.

"A partir de agora, a nossa tarefa é mobilizar cada local de trabalho, em bancos públicos e privados, para fazermos uma Campanha Nacional forte, com a categoria nas ruas dialogando com a sociedade sobre a importância de lutarmos contra a ganância dos banqueiros. Temos certeza que faremos mais uma campanha vitoriosa para os bancários e bancárias", ressalta Rosalina.

Moções de repúdio

Ao final da 9ª Conferência, duas moções de repúdio foram aprovadas por unanimidade: uma contra o nepotismo e o assédio moral no Banpará, assim como contra a ausência de processo seletivo no banco para as funções comissionadas na matriz e a ausência de critérios para descomissionamentos, o que reflete o autoritarismo e a falta de transparência da atual direção do Banco do Estado do Pará.

A outra moção de repúdio aprovada foi contra o Banco do Brasil que, do dia para noite, comunicou para a sua unidade de Gestão de Comércio Exterior do Pará (GECEX Belém) que os funcionários seriam migrados para outros estados, já que no Pará esse órgão será extinto, o que prejudicará diretamente interesses comerciais estratégicos para o estado, assim como a vida dos bancários e bancárias da GECEX Belém que serão remanejados para outros estados.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pará
 


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