Nesta terça-feira, 02 de setembro, o Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região faz o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2014. Entre as 11h e 16h um grupo de diretores do sindicato estará percorrendo as principais agências bancárias localizadas no centro de Caxias apresentando à categoria e à população as principais reivindicações da campanha salarial deste ano.

As negociações iniciaram no dia 21, mas não houve nenhum avanço até o momento. Bancos públicos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banrisul têm rodadas de negociação específica.

Nos últimos anos, a luta de bancários e bancárias tem garantido muitas conquistas, mas ainda há grandes e n novos desafios a serem superados, como a institucionalização do assédio moral, o crescimento salarial e de participação nos lucros incompatível com o lucro e a rentabilidade dos bancos, que na ultima década vêm batendo recordes sobre recordes.

Nos seis primeiros meses de 2014, Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – os cinco maiores atuando no País – tiveram lucro líquido de R$ 28,5 bilhões. Alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2013.

Tamanha lucratividade é à custa das escorchantes tarifas cobradas dos clientes, diminuição de funcionários, metas abusivas para vendas de produtos e da saúde dos mais de 500 mil bancários no País.

Em 2013, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), 18.671 bancários foram afastados do emprego devido a adoecimentos.

Desses afastamentos, 4.589 foram por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), mais conhecidos no Brasil como lesões por esforços repetitivos (LER). E mais de cinco mil por transtornos mentais e comportamentais, como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e síndrome do pânico.

Principais reivindicações:

> Reajuste salarial de 12,5%.

> PLR: três salários mais R$ 6.247.

> Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho).

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

> Prevenção contra assaltos e sequestros: Garantia de pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos, instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada do autoatendimento, biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

> Mais democracia. Os bancários decidiram na 16ª Conferência Nacional se engajar na luta da sociedade brasileira por uma reforma política, pela democratização dos meios de comunicação e pela regulamentação do sistema financeiro nacional.

 

Mais informações e entrevistas:
Marlei Ferreira
Assessoria de imprensa
(54) 3226.2166 / 9906.2040
 


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