Há alguns meses, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região vem cobrando do HSBC mudança nos métodos de gestão do setor Compliance/AML, do Centro Administrativo Vila Hauer. A área, responsável pela fiscalização de irregularidades na conta de clientes, nasceu há pouco mais de um ano com a promessa de ser um ótimo lugar para se trabalhar. Contudo, com o passar do tempo, os trabalhadores do setor passaram a ser sistematicamente assediados pela organização do trabalho estabelecida pelo banco.

No limite

O Sindicato recebe denúncias cotidianamente de bancários sobre constrangimentos por causa de horas extras, fiscalização abusiva e cobranças sistemáticas e desmedidas.

No mês de agosto, foi instalado no setor, inclusive, o ETCS (Eletronic Time Capture System), um sistema já utilizado pelo HSBC na China, Índia e em alguns departamentos no Brasil, que controla todas as atividades dos funcionários, com registro e monitoramento de todas as tarefas, incluindo idas ao banheiro, ginástica laboral e demais pausas.

Apesar das cobranças e exigência do Sindicato por mudança no tratamento com os bancários, o HSBC ainda não tomou nenhuma providência para melhorar as condições de trabalho no setor Compliance/AML.

"O banco está sendo conivente com o assédio moral praticado contra esses funcionários e isso é inadmissível!", destaca Claudi Naizer, diretor do Sindicato.

"É prática comum do HSBC virar as costas para as necessidades de seus trabalhadores. Ao implantar de forma unilateral um sistema utilizado em outros países, sem respeitar nossa cultura, o banco deixa claro sua postura de autoritarismo e desrespeito", completa Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.

Fonte: Seeb Curitiba
 


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