A partir de terça-feira, dia 30 de setembro, os bancários do Ceará entrarão em greve por tempo indeterminado, ou até que os bancos e o governo apresentem proposta que contemple a pauta de reivindicações. A categoria decidiu pela deflagração da paralisação em assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 24, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará, em Fortaleza. Os trabalhadores apreciaram as propostas da Fenaban, Caixa, Banco do Brasil e BNB.

A proposta dos bancos de reajuste de 7% sobre todas as verbas e 7,5% sobre o piso foi rejeitada por unanimidade. As reivindicações sobre emprego, saúde, condições de trabalho, fim das metas abusivas, assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades foram ignoradas pelos bancos.

A aprovação da greve segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que avaliou como "insuficientes" as propostas da Fenaban e dos bancos públicos.

"É lamentável que tenhamos que ir à greve para garantir direitos. Vamos mostrar nossa força, pois com nossa mobilização podemos garantir mais conquistas econômicas e sociais. A greve é uma correlação de forças e temos clareza que unidos vamos avançar na contratação e renovação de direitos. Vamos à greve, vamos à luta, vamos à vitória", bradou o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

Os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, haja vista que as instituições financeiras que atuam no Brasil têm a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Na próxima segunda-feira, dia 29, haverá uma nova assembleia de caráter organizativo, na sede do Sindicato.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará
 


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