Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional no Brasil. Mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados no ano passado (2013), de acordo com dados do INSS, em todo o país – sendo 24,6% por LER/Dort e 27% por transtornos mentais e comportamentais (como stress, depressão e síndrome do pânico).

“O alto índice de afastamentos está relacionado a gestão dos bancos que apostam numa rotina de metas abusivas, extrema pressão e assédio moral como meio de aumentar sua produtividade”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Uma pesquisa feita com mais de dez mil bancários (10.606), neste ano, somente na nossa base, aponta que a atual política dos bancos compromete a saúde dos empregados: 17% responderam que usam medicamentos controlados”.

INSS – O SAT (Seguro Acidente de Trabalho) é uma contribuição que as empresas pagam para custear benefícios do INSS vindos de acidente de trabalho ou doença ocupacional, referente a um percentual sobre a folha de pagamento, em alíquotas que variam entre 1 e 3% de acordo com o risco de acidentes de trabalho da atividade. Segundo a Lei 8212/91- Art. 22: A contribuição fica a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social. Bancos se enquadram no risco máximo (3%), ou seja, estão entre as empresas onde esse risco é considerado grave.

Dados da Categoria- Os bancários constituem uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos dez anos, a categoria conseguiu aumento real – acumulado entre 2004 e 2013 – de 18,3%. Sendo 2010 (3,08%); 2011 (1,50%), 2012 (2,00%) e 2013 (1,82%).

 

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo com edição da Fetrafi-RS


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