Milhares de pessoas saíram às ruas em todo o País em defesa da democracia nesta quinta-feira (20). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros movimentos sociais realizaram atos em 21 estados e no Distrito Federal. Em Caxias do Sul o ato foi na Praça dante Alighieri e reuniu cerca de cem pessoasem defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma Roussseff, eleita em outubro de 2014 por mais de 54 milhões de brasileiros .

Manifestantes em apoio à presidente Dilma Rousseff e ao governo federal deixaram o Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em direção à avenida Paulista. Os organizadores estimam em 15 mil o número de manifestantes. O protesto deve seguiu pela avenida Rebouças até o vão do MASP, na avenida Paulista

No Rio de Janeiro, integrantes do Sindicato dos Petroleiros chegaram à Candelária, no centro do Rio, com uma faixa em se lê: "Sérgio Moro: juiz da Globo e do PSDB!". Várias pessoas passam pela faixa e param para tirar fotos.

Por volta das 17h30 os manifestantes seguiriam em caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Entre os manifestantes estão militantes do PT no Rio e em diversas cidades fluminenses, sindicalistas (a maioria ligados à CUT e a federações de petroleiros), integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e estudantes. O ato é uma resposta aos protestos promovidos no último domingo, 16, que pediram a saída da presidente Dilma.

Vários cartazes criticam o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acusado de fazer política "para os ricos". O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também são alvos de críticas.

A caminhada do ato a favor da presidente Dilma em São Luís (MA) reuniu duas mil pessoas, de acordo a presidente da CUT, Adriana Oliveira. Os manifestantes gritam palavras de ordem como "não vai ter golpe".

Manifestantes ocuparam o entorno do obelisco na Praça Sete de Setembro, no centro de Belo Horizonte. Organizadores estimam em 5 mil pessoas o número de participantes do ato. Os participantes gritaram palavras de ordem como: "Fora, Levy" [referindo-se ao ministro da economia, Joaquim Levy], e "Fora, Cunha" [em alusão ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha – PMDB-RJ] além de "Fica, Dilma" [Rousseff].

Em Brasília, os manifestantes se reuniram em frente ao Conic, um centro de comércio e entretenimento na Asa Sul da capital federal. No local, uma tenda foi montada, eles cantaram o hino nacional e mostraram cartazes contra o "golpe" e contra o presidente da Câmara, Edurado Cunha (PMDB-RJ). Os manifestantes saíram em caminhada até a rodoviária do plano piloto.

Em Porto Alegre, cerca de 2 mil pessoas participaram do evento no centro da cidade. "O ato de hoje foi de grande importância, pois demonstrou a união entre o movimento sindical e popular, as entidades do campo e da cidade, que produziram o ato. Todos sob a mesma bandeira, em defesa da democracia e dos direitos sociais", avalia o coordenador da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), Valério Lopes. Mais cedo, os manifestantes se reuniram na Paróquia Pompéia, para a Plenária Estadual do Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais. Aproximadamente 500 pessoas participaram do ato "em defesa da democracia e contra o golpe", segundo os organizadores. Participaram representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho), da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) dos juízes e dos direitos humanos, como o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke.

Em Fortaleza (CE), a mobilização ocorreu pela manhã e foi retomada à tarde. De acordo com a CUT, cerca de 20 mil pessoas saíram do Centro da cidade em direção à Praça do Ferreira. No Piauí, a manifestação tomou a capital Teresina por volta de 16h, na Praça Pedro II, com a participação de partidos políticos de esquerda e sindicatos.

Em Natal (RN), cerca de três mil participantes se concentram em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O ato em Recife concentra-se na Praça do Derby, no centro da cidade. Caruaru e Petrolina também aderiram ao movimento.

Na Paraíba, mais de mil trabalhadores saíram de João Pessoa em direção a Campina Grande, cidade onde nasceu o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, que é um dos apoiadores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Em Salvador (BA), os manifestantes carregam cartazes e faixas com frases em defesa da democracia e contra a retirada de direitos sociais. Há ainda expressões contrárias ao projeto do senador tucano José Serra que diminui a participação da Petrobras no pré-sal.

As cidades baianas Teixeira de Freitas, Eunápolis e Porto Seguro também realizaram manifestos. Pelo menos dez mil pessoas participaram no total.

Em Maceió (AL), o protesto ocorreu pela manhã e reuniu aproximadamente 6 mil pessoas. Os manifestantes percorreram cerca de 1,5 quilômetro da Praça Sinimbu até o Palácio Floriano Peixoto, sede do governo estadual. Por volta de 13h, os participantes deram um abraço simbólico no prédio e encerraram o ato.

O ato em Aracaju, capital de Sergipe, toma as principais ruas do Centro, mobilizado pela Frente Sergipana Brasil Popular. De acordo com a CUT, cerca de 3 mil pessoas aderiram ao movimento.

Em São Luís (MA), a concentração foi na Praça João Lisboa, com caminhada pela Rua Grande, até a Praça Deodoro da Fonseca. Em Goiânia, integrantes da CUT e sindicatos realizam protesto na praça do Bandeirante.

Movimentos sociais e estudantis se reuniram no Parque João do Vale, na região sul de Palmas (TO), para uma caminhada contra o impeachment de Dilma Rousseff. O grupo é formado por cerca de 100 pessoas, segundo os organizadores. Eles também criticam o financiamento privado de campanhas e projeto de terceirização.

Em Macapá (AP), a manifestação foi realizada na praça da Bandeira, durante a tarde e no início da noite, e contou com a presença de cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores. O ato foi pacífico e protestou também contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Várias entidades e movimentos sociais participaram do protesto.

Um grupo de manifestantes da CUT Mato Grosso do Sul realizaram ato em favor da presidente Dilma Rousseff em Campo Grande, pela manhã. Manifestantes percorreram por 2h30 as principais ruas da área central da capital defendendo a democracia e o direito ao voto. Durante a caminhada, não houve registro de tumultos. A organização informou que aproximadamente 1.000 pessoas participaram da marcha.

O ato nacional em favor da presidente Dilma Rousseff também aconteceu em São Luís. Cerca de 300 pessoas se reuniram na praça João Lisboa, no centro da cidade. Participaram do ato o deputado estadual Zé Inácio e o vereador Honorato Fernandes, ambos do PT. Militantes do PC do B e membros da CUT, UNE e sindicatos locais também gritam palavras de ordem contra a possibilidade de impeachment da presidenta petista.

Fonte: Contraf-CUT, com agências
 


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