A Fenae e a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), cobraram que o banco esclareça a suspensão/cancelamento dos Processos de Seleção Interna por Competência (PSICs), ocorrida no início da semana. A solicitação foi feita em ofício enviado à diretoria de Gestão de Pessoas, Márcia Guedes, e ao superintendente nacional de Serviços Compartilhados de Gestão de Pessoas, Sebastião Andrade.
De acordo com o representante da Fetrafi-RS na Comissão de Empresa da Caixa, Gilmar Aguirre, o ano de 2016 foi iniciado com muitas considerações a serem feitas na Caixa. "Além da iminência do PLS 555 ser votado ainda em fevereiro de 2016, temos a equalização do défice na FUNCEF a ser implementada em abril/2016 e agora, esse terrorismo por parte dela em fazer uma reestruturação que certamente afetará a muitos empregados".

Aguirre afirma que a Caixa, ao invés de dialogar com as entidades sindicais, simplesmente segue atropelando qualquer negociação, assuntos acordados no ano passado durante a Campanha Salarial, construídos com participação dela mesma. "Ela não implanta. A redução da coparticipação de 20% para 15% no Saúde Caixa é um exemplo bem contundente. Nós empregados, tanto da ativa, quanto aposentados, temos que estar atentos e acompanharmos esses temas. Temos que participar das atividades quando convocados.

O representante ressalta também que 2016 será um ano de vital importância para a Caixa e para todos os seus colaboradores. "Como se diz "tirar a roupa de um santo para vestir outro" não será a solução na Caixa dos problemas de pessoal e de gestão. Teremos de estar preparados para o embate que se travará nos próximos meses. Nós fazemos a diferença na Caixa, nós fazemos a diferença para o Brasil. A Caixa é a principal engrenagem para a execução das politicas públicas no Brasil e somente com o quadro de empregados qualificados e com suas solicitações atendidas, poderemos fazer frente aos grandes desafios que se avizinham para o próximo período."

Fenae e a Contraf-CUT

No documento, a Federação e a Contraf-CUT também destacam que é urgente que a direção se pronuncie em relação aos boatos que circulam sobre um “pacote de maldades”, que seria divulgado até a próxima semana. “Segundo as informações nos corredores e que chegaram às entidades representativas dos trabalhadores, essas medidas incluem a redução de vagas em áreas da matriz, a reestruturação de setores e até o fechamento de agências. É preciso acabar com essa insegurança”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, revela que o clima é de apreensão e terror nas unidades do banco de todo o país. “Tudo isso se deve à falta de diálogo com os empregados e as entidades. É por isso que temos reforçado a necessidade de uma gestão mais transparente à frente da instituição, que respeite e valorize a categoria. Afinal, são homens e mulheres que se esforçam todos os dias pela Caixa e pelos brasileiros”, observa.

Respeito às negociações e aos acordos

No momento em que a Caixa chega aos 155 anos, entidades do movimento sindical e associativo têm exigido o cumprimento de compromissos assumidos nas negociações. Na segunda-feira (18), por exemplo, a Contraf-CUT cobrou a implementação de duas conquistas em relação ao plano de saúde. Outra frente de batalha diz respeito ao quadro de pessoal. Apesar da demanda crescente nas agências e dos mais de 30 mil aprovados em concurso, o banco se recusa a retomar a contratação de empregados.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae
 


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