Em 2015, o lucro líquido do banco foi de R$ 848,8 milhões, 22,8% maior que o do ano anterior. O lucro líquido ajustado ficou em R$ 148,9 milhões no quarto trimestre e R$ 753 milhões em 2015, o que representa um crescimento no ano de 0,7%.

Entre os fatores extraordinários que impactaram o resultado, o Banrisul destaca o plano de desligamento por aposentadoria, a constituição da holding Banrisul Icatu Participações, o ajuste de crédito tributário no terceiro trimestre e a liquidação antecipada de notas da dívida subordinada emitidas em 2012.

A carteira de crédito total do banco cresceu 5% no ano, atingindo R$ 32,013 bilhões no fim de dezembro. Na comparação trimestral, a carteira cresceu 2,1%. Segundo o banco, a ampliação do saldo de crédito em doze meses foi causada especialmente pelo aumento da carteira comercial, do financiamento imobiliário e do câmbio. Esse efeito positivo foi parcialmente compensado pela redução dos créditos vinculados a operações adquiridas em cessão e dos financiamentos a longo prazo.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 20,8% no ano, para R$ 1,445 bilhão. O Banrisul destacou a expansão das receitas de tarifas e serviços relacionadas aos negócios de adquirência, seguros, previdência e capitalização e o efeito positivo decorrente da operação de recompra parcial da dívida subordinada.

O retorno recorrente sobre o patrimônio caiu para 10% no quarto trimestre, ante 19,3% no trimestre anterior e 13,4% no mesmo período de 2014.

Considerando o resultado de 2015, o retorno foi de 12,8%, menor que os 13,9% do ano anterior. A margem financeira do Banrisul cresceu 16,5% em 2915, para R$ 4,414 bilhões. Segundo o banco, isso reflete a reprecificação da carteira e o incremento dos saldos dos ativos.

O Banrisul elevou as despesas de provisão para perdas em operações de crédito em 97,8% no ano passado, para R$ 1,551 bilhão. Esse aumento se deveu, especialmente, à rolagem das operações em atraso, que exigiu provisões em níveis de ratings maiores.

O índice de inadimplência acima de 60 dias do banco caiu 0,29 ponto percentual do terceiro para o quarto trimestre, para 5,0%. Na comparação com o resultado de dezembro de 2014, entretanto, a inadimplência subiu 1,17 ponto. O índice de atrasos acima de 90 dias caiu 0,15 ponto percentual no trimestre e subiu 0,93 ponto percentual em doze meses, alcançando 4,32%.

A instituição informou que o índice de Basileia atingiu 17,8% em dezembro do ano passado, caindo 0,1 ponto percentual em relação ao observado em setembro de 2015. O capital principal e o capital de nível 1 encerraram o ano de 2015 com índice de 14,8%.

Fonte: Valor Econômico


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