A Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco se reúne, nesta terça-feira (24) na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para debater a minuta específica de reivindicações dos empregados do banco. Os temas serão tratados com o Bradesco, em reunião de negociação, na quarta-feira (25), às 10h, na sede do banco, em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

O consenso geral por todo o país é a preocupação pelas demissões. De janeiro a março de 2016, o Bradesco cortou 1.466 postos de trabalho em todo o Brasil. No mesmo período, o banco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, equivalente a uma redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país.

Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015. Os cortes se justificam menos ainda quando se leva em conta que apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas o banco cobre 137,1% de suas despesas de pessoal. Essa relação é 1,1 ponto percentual maior que a do primeiro trimestre de 2015, quando era de 136%.

"O nosso bem maior a ser protegido é o emprego decente. Infelizmente, o Bradesco não tem cumprido a sua responsabilidade social, demitindo paise mães de família em todo país. Para quem fica, há o sobrecarga de trabalho, e para quem sai, a desesperança de se empenhar durante anos e como recompensa, ter a sua dispensa. Além de tudo, o banco não vem contratando novos trabalhadores. Esse é o jeito do Bradesco de ajudar o País ”, lamentou Gheorge Vitti, coordenador da COE Bradesco.

Ponto eletrônico e valorização dos funcionários também estão na pauta de discussão com o Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT com edição da Fetrafi-RS
 


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