A entrega da minuta de reivindicações dos bancários na Campanha Salarial dos Bancários 2016 foi entregue pelo Comando Nacional à Fenaban na manhã desta terça-feira (9), em São Paulo. As primeiras rodadas de negociação ocorrem nos dias 18 e 19 de agosto. Entre as prioridades apontadas pela categoria estão o índice de 14,78% (reajuste com inflação mais aumento real de 5%), combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais empregos e fim das demissões nos bancos. Além disso, ao trabalhadores do setor reivindicam piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24) e a PLR de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional. Décimo quarto salário e valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 880).

O diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional dos Bancários, Juberlei Baes Bacelo, destaca que os bancos mais uma vez sinalizam que vão se esconder atrás da crise econômica. “Como se eles fossem atingidos pela crise”, ironiza o dirigente sindical. “O objetivo dos banqueiros é tentar impor suas políticas de arrocho e exploração da nossa mão de obra. É preciso que o conjunto da categoria compreenda que só a participação e mobilização poderão derrotá-los”, afirma Juberlei.

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,131 bilhões. Dos 25 setores com empresas de capital aberto avaliados pela Consultoria Economática o setor bancário foi o de maior lucratividade no primeiro trimestre deste ano. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 6,2% atingindo o valor de R$ 26,582 bilhões.

Emprego

A defesa do emprego é uma das prioridades da Campanha 2016. Entre janeiro e maio deste ano, o setor bancário fechou quase 6 mil postos de trabalho. Além da rotatividade, os bancos também seguem contratando o trabalhador com salário em média 45% menor.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS com informações da Contraf/CUT


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