De acordo com números da Assessoria de Imprensa da Superintendência do Banco do Brasil no RS, 16 agências e duas superintendências do Banco do Brasil serão encerradas através do processo de reestruturação anunciado pelo Banco neste domingo, 20. Seis das unidades a serem extintas estão localizadas na Capital: Bairro Floresta; Carlos Gomes; Cristóvão Colombo; Dona Laura e Voluntários da Pátria. Além disso, outras 15 agências serão convertidas em postos de atendimento.

Funcionários atingidos

A Assessoria da Super/RS não soube informar o número de funcionários que serão atingidos pelas mudanças causadas pela reestruturação. No entanto, adiantou que o público alvo de aposentadoria é composto por 900 bancários, que poderão ou não aderir Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), com adesão voluntária até 09 de dezembro de 2016.

Sobre a reestruturação

Sob o comando do governo ilegítimo de Michel Temer, o plano é cortar R$ 750 milhões de gastos do banco, sendo R$ 450 milhões com a nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de despesas com transporte de valores, segurança e imóveis. Medida que segue na contramão do papel que o banco vinha desempenhando, nos últimos anos, de fomento ao desenvolvimento social e econômico do País.

Movimento sindical cobra garantias de direitos

A Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil entraram em contato com a direção do banco neste domingo (2) para agendar urgentemente uma reunião para esclarecimento das medidas e negociação de garantias e direitos dos funcionários que serão afetados. A reunião ficou marcada para a esta terça-feira (22) às 10 horas, em Brasília. Os funcionários gaúchos serão representados na ocasião pela diretora da Fetrafi-RS, Maria Cristina Santos.

"Estamos vivenciando o efeito nocivo que marca o início da era Temer no Banco do Brasil. Com um plano de reestruturação unilateral, imposto em pleno fim de ano e grande pressão sobre os funcionários. Vamos lutar para garantir a realocação dos trabalhadores sem perda de função comissionada e para que os direitos daqueles que estão em condições de aposentadoria sejam respeitados. A postura da direção do BB, enquanto gestora de uma empresa pública, que deveria estar a serviço do país, deixa muito a desejar neste momento”, avalia Maria Cristina.

"As medidas anunciadas pelo Banco do Brasil o desvinculam de seu papel social e têm foco específico no mercado. Trata-se de uma mudança drástica na gestão de pessoas, que também afetará o acesso da população aos serviços bancários, pois haverá fechamento de um grande número de agências. A reestruturação perversa proposta pela direção do BB é mais um reflexo da política global do governo ilegítimo de Michel Temer. Estão ocorrendo retrocessos em todas as áreas com ataques constantes às empresas públicas e retirada sumária de direitos. Não aceitamos a postura do Banco e vamos lutar para que a instituição respeite seus funcionários e o povo brasileiro. O BB é patrimônio público e não deveria ser esquartejado dessa forma e nome da política neoliberal", analisa o diretor do SindBancários e membro da Comissão de Empresa do BB, Júlio Vivian.

A diretora da Fetrafi-RS, Cristiana Garbinatto, destaca que a maior preocupação no momento é com a pressão exercida sobre os trabalhadores. "É uma mudança drástica para aquelas pessoas sujeitas à perda de comissão.. A realocação desses colegas terá que ser garantida pelo Banco. Por outro lado, a situação dos 900 colegas que são alvos do plano de aposentadoria também é complicada. A adesão deveria ser incentivada e não imposta pelo medo de redução salarial", argumenta a dirigente sindical da Federação.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS/ Por Marisane Pereira/ Mtb-RS9519
 


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