Fechando a 20ª Conferência Estadual dos Bancários, os delegados sindicais aprovaram neste domingo, dia 20 de maio, uma pauta de reivindicações que será defendida na Conferência Nacional, em São Paulo, no mês de junho. Uma das reivindicações diz respeito ao índice de reajuste que os bancários irão propor na negociação com os banqueiros deste ano. Ficou definido o percentual de 5% de aumento real de salário, mais a reposição da inflação. Outra importante reivindicação aprovada é a manutenção dos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e nos aditivos regionais. Com a nova legislação trabalhista, todos os direitos conquistados nas CCT podem deixar de valer a partir do dia 31 de agosto de 2018. Direitos como PLR, gratificações, vale-Alimentação e muitos outros precisarão ser negociados novamente com os banqueiros.

 

A 20ª Conferência Estadual dos Bancários foi uma grande demonstração de força e de unidade da categoria no Rio Grande do Sul. O evento encerrado na manhã de domingo, dia 20, em Porto Alegre, reuniu 588 delegados e delegadas. Todos os cantos do Rio Grande do Sul estiveram representados durante os dois dias de Conferência pelos 38 sindicatos da base da federação. A pauta de reivindicações dos bancários gaúchos será defendida pelos 38 representantes do Estado que participarão da Conferência Nacional, que acontece nos dias 9 e 10 de junho, em São Paulo.

 

Resoluções aprovadas pela 20ª Conferência Estadual dos Bancários:

– Manutenção dos Direitos garantidos na CCT e nos aditivos regionais;

– Reposição da inflação, mais 5% de aumento real do salário;

– Continuidade da mesa única de negociação, com mesas concomitantes dos bancos públicos para negociações específicas;

– Aplicação da CCT e dos aditivos regionais com extensão de todas as conquistas ao conjunto da categoria, impedindo qualquer negociação individual, como para a formação de banco de horas;

– Defesa do emprego bancário com o fim das demissões e da rotatividade;

– Não à terceirização e aos contratos parciais, intermitentes e a precarização do trabalho;

– Proibir as demissões em massa;

– Homologações das demissões somente no sindicatos;

– Não à pressão por metas e ao assédio moral e sexual;

– Cobrança de taxa negocial aprovada em assembleias nos sindicatos para todos os bancários, sócios e não-sócios, como forma de sustentação financeira dos sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, diante do fim do imposto sindical;

– Retomar as mesas temáticas de saúde do trabalhador, segurança bancária e igualdade de oportunidade de terceirização junto à Fenaban;

– Defesa da democracia e da soberania nacional;

– Defesa dos bancos públicos estaduais, regionais e federais;

– Não à privatização de empresas públicas estaduais e federais;

– Democratização dos meios de comunicação com o fim dos monopólios e dos oligopólios para a regulação da mídia;

– Participação no Comitê Sindical Lula Livre, buscando esclarecer aos trabalhadores sobre o golpe de 2016, mostrando que Lula foi condenado sem prova e sem crime e que hoje é preso político para impedi-lo de ser candidato nas eleições de outubro;

– Participação de cada bancário e bancária nas eleições gerais de 2018, pois são estratégicas e decisivas para o futuro do Rio Grande do Sul e do Brasil;

– Apoiar os partidos e seus candidatos que estejam realmente comprometidos com as pautas da classe trabalhadora;

– Denunciar os partidos e os parlamentares que votaram a favor de projetos contra os interesses dos trabalhadores e da maioria da população para que não sejam reeleitos;

– Não à aprovação do PL 268 da Câmara dos Deputados, pois acaba com a eleição de diretores e a paridade dos conselhos deliberativos fiscais dos fundos de pensão das estatais;

– Resistir à aplicação da reforma trabalhista do governo Temer, lutando pela revogação desse duro golpe que destruiu a CLT e os direitos dos trabalhadores;

– Manter a luta contra a reforma da previdência do Governo Temer, denunciando na Campanha eleitoral os partidos e os candidatos que apóiam essa proposta nefasta que destrói a previdência pública para favorecer os bancos para a venda dos planos de previdência privada;

– Lutar pela revogação da chamada PEC da morte, que congelou investimentos públicos por 20 anos, como em saúde e educação, cujos efeitos já estão ocorrendo com o corte de verbas para o SUS e para as escolas;

– Apoio à luta dos petroleiros contra o sucateamento da Petrobras e a entrega do Pré-Sal às empresas petroleiras internacionais;

– Não à aplicação das resoluções 22 e 23 da CGPAR que trouxeram prejuízos para os bancários de bancos públicos com a alteração na forma de custeio dos seus planos de saúde, como Cassi, Saúde Caixa e demais;

– Retomar o debate interno sobre as novas tecnologias, os novos sistemas descentralizadores, o papel da Sintec no mercado de crédito e concorrencial, a oferta de produtos bancários e seus impactos no emprego e a organização do novo emprego bancário;

 

Fonte: Fetrafi-RS


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