Comando reafirma que, com retirada de direitos, não tem acordo; negociação continua dia 25

 

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sugeriu continuar a negociar no final de semana, mas na reunião deste sábado (22), apesar de terem recuado na retirada da 13ª cesta alimentação, manteve sua postura de retirar direitos. Não apresentou nenhuma proposta nova sobre reajuste salarial. O Comando Nacional d@s Bancári@s considerou que as propostas dos representantes dos bancos estão distantes das reivindicações da categoria. Para a semana que vem, a categoria prepara assembleias organizativas, plenárias, agito nas redes sociais e novas manifestações.

Um dos pontos centrais da negociação, o reajuste salarial, não foi apresentado pela Fenaban. Disseram que ainda estão construindo uma nova proposta salarial para apresentar na semana que vem. Na sexta-feira (21), apresentaram a proposta de reajuste zero, rejeitada pelo Comando Nacional. Antes, já tinham defendido a redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o fim da 13ª cesta de alimentação.

Na reunião deste sábado, após muita pressão retornaram com a 13ª cesta e apresentaram uma nova proposta de PLR (veja a proposta na íntegra no final da matéria), mas que ainda representa uma perda já que reduz a parcela adicional e os tetos. A Fenaban acenou ainda com a possibilidade de se chegar a um acordo sobre a regulamentação do teletrabalho. A proposta será analisada pelo Comando Nacional. “Antes eles disseram que não tinham autorização para clausular o teletrabalho. Essa sinalização de hoje é importante”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

“Este ano, 42% das categorias que fecharam acordo conseguiram aumento real. Eles diminuíram a distância na PLR, mas está longe de considerarmos a proposta um avanço. Não tem possibilidade de mudar a regra da PLR. Retornar a 13ª cesta era imprescindível para se fechar um acordo”, avaliou Juvandia, sobre as propostas apresentadas pela Fenaban neste sábado.

Mobilização

Para Juvandia, a Fenaban precisa melhorar suas propostas para que a negociação termine na semana que vem com um acordo. Enquanto a negociação acontecia por videoconferência, em várias cidades do país bancári@s realizaram manifestações e carreatas para cobrar propostas que garantam salários dignos e os direitos conquistados.

O Comando Nacional, reunido após a reunião com a Fenaban neste sábado, decidiu orientar os sindicatos de todo ao país a realizarem assembleias e plenárias organizativas para preparar a categoria para a semana decisiva da Campanha Nacional.

PLR

A proposta dos bancos apresentada no sábado é reduzir de 7,2% para 7% o limite mínimo de distribuição. O limite máximo cairia de 15% para 14,8%. Na regra básica, a antecipação iria de 54% do salário mais fixo de R$ 1.474,38, com limite individual de R$ 7.909,39,  para 48,6% do salário mais R$ 1.326,94 com limite individual de R$ 11.863,96.

O acelerador na PLR anual, se a soma dos valores individuais não atingir 5% do lucro líquido do exercício, os mesmos devem ser majorados até atingir esse percentual, limitado individualmente a 2,2 salários ou ao valor de R$ 29.000,77, o que ocorrer primeiro. A mudança proposta é de reduzir o limite individual a 2 salários ou ao valor de R$ 26.1000,69.

A parcela adicional que é de 2,2% do lucro líquido do 1º semestre dividido pelo número de empregados elegíeis, com limite individual de R$ 2.457,29 iria para 2% do lucro líquido, com limite individual de R$ 2.211,56. A PLR Anual, calculada em 2,2$ do lucro líquido do exercício dividido pelo número de empregados elegíveis, com limite individual de R$ 4.914,59, iria para 2% do lucro líquido, com limite individual de R$ 4,423,13.

 

Fonte: Contraf-CUT


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