Assembleias de Norte a Sul do Brasil aprovaram proposta em assembleias nesta segunda-feira (31). Os bancários da base territorial de Caxias do Sul aprovaram a proposta

 

Por ampla maioria, em todo o país bancári@s aprovaram a Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT) que garante direitos para os bancários de norte a sul do Brasil. A categoria aprovou a proposta final negociada pelo Comando Nacional d@s Bancári@s com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) após 14 reuniões de negociação (em outros anos, o máximo de reuniões foi 10 encontros). Também foram aprovados os acordos coletivos dos bancos públicos (Caixa, Banco do Brasil, Banrisul, BASA e Banco do Nordeste).

 

Em Caxias do Sul e Região

Na base do Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região a proposta que mantém todos os direitos da categoria e garante aumento real em 2021 também foi aprovada pela imensa maioria. “Foi uma grande conquista”, diz Nelso Bebber, coordenador da Secretaria de Organização e Política Sindical da entidade. “Mesmo acontecendo em um cenário completamente atípico, realizamos três grandes assembleias em ambiente virtual e conseguimos mobilizar a categoria, possibilitando o esclarecimento das dúvidas apresentadas”, afirma Bebber. “Nossa maior vitória foi a garantia de todos os direitos adquiridos ao longo de décadas de luta da categoria por mais dois anos”.

Na base do sindicato foram 150 participantes de bancos privados, 92,67% dos votos “sim” para a aprovação da proposta (139 votos Sim; 4 votos Não e 1 Abstenção ). Também foram aprovados os acordos coletivos dos bancos públicos:

Caixa – 124 votantes; 110 votos Sim; 13 votos Não e 1 Abstenção;

Banco do Brasil – 156 votantes; 134 votos Sim; 22 votos Não e  nenhuma Abstenção;

Banrisul – 118 votantes; 114 votos Sim; 3 votos Não e 1 Abstenção.

 

O que foi negociado e aprovado

O acordo garante reajuste salarial e abono de R$ 2 mil em 2020, aumento real em 2021, além da manutenção dos direitos da Convenção Coletiva e dos acordos específicos dos bancos públicos. O resultado da negociação foi positivo para a categoria bancária de acordo com a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

“Na conjuntura que a gente fez a campanha, de pandemia, de crise econômica, desemprego, de um governo de extrema direita e que ataca direitos, o resultado dessa campanha é muito bom. A categoria manteve todos os direitos. Isso se dá graças à nossa organização nacional”, avaliou Juvandia, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, que negociou com a Fenaban.

Para 2021, o acordo garante a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos.

 

Todos ganham

O acordo vai ajudar a economia brasileira. Reajustes de salários, vales e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) terão um valor total de R$ 8.098.464.934,10, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese). Somente o impacto da PLR é de R$ 6.211.796.397,21 na economia. O reajuste salarial, incluído o abono, vai implicar na injeção de outros R$ 757.064.915,60.

Restaurantes, lanchonetes e supermercados de todo o país também terão um alívio com a injeção de outros R$ 223.047.621,29, referentes ao reajuste dos vales refeição e alimentação. “Quando o trabalhador ganha, toda a sociedade ganha. Com esses valores, os bancários vão consumir, o comércio vai vender, vão reformar suas casas, vão pagar suas dívidas. Ganha a economia e ganha o governo, que arrecada mais, quando a economia gira”, afirmou a presidenta Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT com edição Seeb Caxias do Sul e Região

 


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