CEBB cobra respeito por parte do banco à vida de bancários e bancárias e à mesa de negociação

 

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) é contrária ao comunicado interno divulgado pelo Banco do Brasil, na última quinta-feira (15), para informar que as funcionárias e os funcionários que estão em home office, e não pertencem ao grupo de risco, poderão retornar ao trabalho presencial de forma opcional a partir do dia 20 de setembro, mesmo aqueles que ainda não se vacinaram ou completaram as duas doses do imunizante.

“Mesmo seguindo todas as regras e protocolos de distanciamento e higiene, não precisamos ir muito longe para saber que o trabalho presencial aumenta o risco de contaminação pela Covid-19”, ponderou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. O Banco do Brasil se comprometeu a se reunir com o Sindicato Bancários de Brasília na próxima sexta-feira (24). “Até momento o BB não se reuniu com a Comissão de Empresa dos Funcionários. Enaltecemos a importância da reunião que ocorrerá na sexta, com o Sindicato de Brasília, mas continuamos cobrando uma reunião com os representantes de todo o país, pois afinal os problemas estão aumentando e cada vez mais de voluntário somente a fala do presidente”, completou Fernanda.

“A cada dia que passa, recebemos relatos do Brasil inteiro em que o fato de ser voluntario passou a ser uma nova forma do banco cobrar metas de volta de pessoas. Denúncias de gerentes gerais convocando indiscriminadamente funcionários na Ditec, em departamentos como Cenops e ainda alguns postando fotos falando que tem torta para comer. Chega à beira o ridículo essa postura da direção do BB. Os funcionários merecem mais respeito, através da vacinação e não de tortas”, finalizou.

Protesto e fiscalização em Brasília

Nesta segunda-feira (20), antes das 7h, diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) já se encontravam nos prédios administrativos em protesto contra a decisão do banco.

O objetivo dos protestos era buscar diálogo com os trabalhadores que foram pegos de surpresa na última quinta-feira (16), quando o banco divulgou comunicado interno informando que os bancários e bancárias que estão em home office, e não pertençam ao grupo de risco, poderiam retornar ao trabalho presencial de forma “voluntária” a partir desta segunda.

Para o presidente do sindicato, Kleytton Morais, “não dá para o BB, unilateralmente por em risco a construção negocial que ao longo desse um ano e sete meses garantiu protocolos de saúde e segurança decisivos à proteção das vidas. A postura adotada pelo banco desrespeita a mesa de negociação, rompe o acordo e coloca em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do banco. Nós dialogamos com a ciência e é sabido que ainda não é a hora de retornar. Esperamos que a direção do banco reveja esta medida e se sensibilize para proteger a vida”.

Bancário do BB, Kleytton frisa ainda que o processo de retorno ao trabalho precisa ser algo pensado, dialogado e organizado, observando os números de involução da doença para salvaguardar a vida dos bancários.

“Pudemos verificar, diretamente nos locais de trabalho, situações que temíamos com a postura unilateral adotada pelo banco. Neste aspecto, tivemos a oportunidade de destacar diretamente à direção do BB os riscos que a medida poderia ensejar. Ainda estamos na pandemia, por isso é inadmissível tratar a questão do retorno ao presencial como algo voluntário. Pelo contrário, o banco precisará de toda atenção, planejamento e prudência para restabelecer, no momento adequado, o trabalho presencial. Atenção e planejamento que precisam, com urgência, serem reforçados nas unidades de negócios e PSO, de modo a reforçar a proteção dos colegas e assegurar condições dignas de trabalho. Esse sim um critério de justiça a se adotar”, destacou Kleytton.

Fonte: Contraf-CUT


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