Com valor estimado em R$ 22,2 bilhões, o banco Itaú tem a marca mais valiosa do Brasil em 2012, segundo ranking divulgado pela consultoria Interbrand nesta quinta-feira (06). As marcas de Bradesco e Banco do Brasil ocupam a segunda e terceira colocações do ranking, com valor estimado em R$ 15,1 bilhões e R$ 12,2 bilhões, respectivamente.

O Itaú também foi líder no levantamento do ano passado, mas perdeu 8% de seu valor desde então. A análise do valor das marcas feito pela consultoria leva em consideração fatores como resultado financeiros, influência e força da marca. Só entram no ranking companhias que publicam informações contábeis e financeiras.

 

Marca valiosa x exploração  Por trás do título de marca mais valiosa do país está a política de gestão exploratória da direção do Itaú. O banco expõe seus trabalhadores a precárias condições de trabalho. Além da sobrecarga de tarefas, a maioria das agências funciona com número reduzido de bancários, que são submetidos a substituições arbitrárias para outras unidades e muitas vezes não têm tempo sequer para suas necessidades fisiológicas durante o horário de expediente.

Além de todos esses problemas, o Itaú também é o banco que vem promovendo horário estendido em algumas agências no país. Os principais problemas gerados pela ampliação são: os bancários estão sendo forçados a aderir ao projeto, com medo de demissões e por autoritarismo dos gestores, ao contrário do que diz o banco de que a adesão é voluntária; é frequente a extrapolação da jornada de trabalho, chegando a dez horas por dia, sem pagamento de horas extras; com as jornadas maiores, muitos estão abandonando faculdades, outros deixando os filhos em tempo integral em creches; alguns não conseguem mais ver os filhos; os bancários estão pagando para trabalhar, seja porque subiu o valor da creche ou para pagar estacionamento nos shoppings; pioraram as condições de segurança, principalmente nos horários de saída nos corredores bancários; o banco está tirando caixas de agências para colocar nas unidades envolvidas no projeto, agravando os problemas da extrapolação do horário e da falta de funcionários.

Fonte: Fetrafi-RS.

 


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