Pelo menos cinco homens armados assaltaram uma agência do Banco do Brasil em Nova Pádua, na Serra, nesta sexta-feira, 14 de dezembro. Dois dos criminosos teriam ficado do lado de fora da agência para render as pessoas que passavam e usá-las como escudo humano. Motoristas também teriam sido obrigados a parar e fazer um cordão de isolamento com os veículos.

 

Os bandidos fugiram em um i30, que teria sido roubado em Caxias do Sul, levando uma grande quantia em dinheiro. Houve troca de tiros com a Brigada Militar e um policial foi baleado. A polícia faz buscas na região.

 

 

Após percorrerem cerca de 30 quilômetros e chegarem ao município de Vila Flores, trocaram tiros com a Brigada Militar. O Mégane usado pelos bandidos foi encontrado por volta das 11h.

 

 

Encapuzados, vestidos com coletes à prova de balas e portando armas longas (como fuzil), quatro assaltantes chegaram à cidade em um i30 preto, placas IQJ-2779, roubado em Caxias do Sul na quarta-feira (12).

Sem disparar um tiro, estacionaram o carro em frente à agência. Com uma marretada na parede de vidro da agência, abriram um buraco e entraram no local. Para sair, quatro funcionários do banco e outros cinco clientes serviram de escudo humano — em fila indiana, com as mãos levantadas, trancando a rua para que os bandidos fugissem. Após o assalto, os bandidos entraram no veículo e fugiram pela VRS-314, uma estrada vicinal que liga o município a Flores da Cunha. Houve uma troca de tiros entre os ladrões e policiais militares. Um PM feriu-se na mão, mas passa bem.

Perdidos na cidade, os ladrões acabaram furando os pneus ao passarem sobre miguelitos (pregos retorcidos usados para furar pneus) que haviam deixado no caminho. O i30 foi abandonado em uma via da localidade Linha 40, interior de Flores da Cunha.

Segundo a Polícia, esta é quadrilha do foragido número 1 do Estado, Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, que liderou o bando responsável por ataques a bancos com uso de explosivos no Estado, principalmente na região serrana.

Com pouco mais de 2,5 mil habitantes, o município foi o segundo alvo na Serra desde 1º de novembro, quando o Banco do Brasil de Fagundes Varela foi atacado por bandidos que adotaram a mesma estratégia usada com frequência entre 2007 e 2009.

Explosão em Antônio Prado – Também localizado no interior da Serra gaúcha, o município de Antônio Prado teve uma agência do Banco do Brasil foi alvo de explosões. Os criminosos explodiram um terminal eletrônico, parte da agência e fizeram reféns na madrugada de sábado, 15 de dezembro.

 

 

A Polícia não acredita que os crimes tenham sido cometidos pelas mesmas quadrilhas. As imagens das câmeras de segurança provam que a quadrilha de sábado agiu com segurança, ao contrário dos integrantes de sexta, que aparentavam mais nervosismo. No assalto em Antônio Prado, teve tiroteio entre a Brigada e os bandidos. Estima-se que tenha durado aproximadamente 40 minutos.

 

Apesar de os dois assaltos não terem sido cometidos pela mesma quadrilha, segundo informações da Polícia, o delegado titular da Delegacia de Roubo do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Juliano Ferreira, em entrevista ao jornal caxiense O Pioneiro, admite que a quadrilha de sábado é a mesma que agiu em diversos outros ataques que ocorreram na região.

Segurança Bancária  – A precariedade das condições de segurança nas agências e a falta de segurança geral são alguns dos principais motivos que levam esses ataques a acontecerem com tanta frequência. Bancários de todo o Brasil, desde antes da Campanha Nacional de 2012, veem alertando para a necessidade de se equipar melhor os estabelecimentos bancários, como medida de segurança para os trabalhadores e para a população.

 

Com o objetivo de debater e preparar diretores sindicais e bancários para a questão da segurança, o Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região, a Fetrafi-RS e o SindBancários (Porto Alegre) promoveram em Caxias o primeiro Seminário Regional de Segurança Bancária. Na ocasião, foram debatidos os principais problemas e traçadas as perspectivas para melhorar a segurança nas instituições bancárias. Para saber mais sobre o Seminário, clique AQUI ou acompanhe a matéria na edição de dezembro/2012 do Voz do Bancário, distribuído pelos diretores do Sindicato nas agências (ou em PDF no site – AQUI)

 

Mapeamento da Segurança Bancária – Os números dos ataques no RS, e principalmente na Serra gaúcha, são alarmantes. Em função destes índices, a Brigada Militar organiza um mapeamento da vulnerabilidade das agências bancárias no estado. O objetivo é desenvolver um relatório que oriente agências, bancos e Sindicatos da categoria bancária na busca e desenvolvimento de melhores condições de segurança. O Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região acompanha o desenvolvimento deste relatório no estado.

Porém, infelizmente, os bancos não parecem colaborar com o mapeamento. Em entrevista ao jornal Folha de Caxias, de 5 de dezembro de 2012, o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar capitão Lúcio Alencastro afirma que, das 96 unidades bancárias em Caxias do Sul , 72 não responderam o questionário enviado pela BM. Alencastro explica que o mapeamento é de caráter preventivo.

 

Para saber mais sobre o mapeamento da segurança nas agências, clique

AQUI.

 

Projeto-piloto de segurança bancária – Após intensa mobilização na Campanha Nacional deste ano, bancários arrancaram dos bancos o compromisso com um projeto-piloto de segurança bancária. Este projeto já está sendo implementado em alguns municípios de Pernambuco (Refice, Olinda e Jaboatão) e, após os resultados, poderá ser colocado em diversas outras cidades do Brasil. O projeto é uma conquista dos bancários, que asseguraram o compromisso. Para saber mais sobre o projeto, clique

AQUI.

 

Fonte: Com informações do jornal Pioneiro, Folha de Caxias e Assessoria de Comunicação Bancax.

 


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