Direção do Banrisul enrola de novo e não apresenta proposta do Plano de Carreira
Ficou difícil acreditar na palavra da direção do Banrisul depois que três representantes deixaram a reunião de 40 minutos na sede da Fetrafi-RS, na tarde da quarta-feira, 27 de março. Além de não apresentar a proposta do Plano de Carreira, como prometido, o banco pediu novo prazo. Com isso, descumpre o Acordo Coletivo de Trabalho, que previa a apresentação e início do processo de implantação em 31 de março, e fica sob desconfiança. A nova data prometida pela direção ficou marcada para 16 de abril.
A enrolação começou cedo. A conversa de que o banco vai enfrentar dificuldades num cenário de crise futura faz parte do discurso recorrente. Seria por isso que a proposta não pôde ser apresentada por estar em estudos de impacto financeiro. O movimento sindical, diferentemente do banco, apresentou sua proposta em forma de resolução em 27 de junho do ano passado. A direção do Banrisul agora ficou sob suspeita de que vai dar mais um golpe e não honrar a sua palavra. “Estamos muito decepcionados porque sabemos o que isso representa para os e as banrisulenses. Mas, mesmo assim, esperamos que o banco cumpra o que vem prometendo há dois anos na Comissão Paritária”, diz a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa.
A frustração dos representantes sindicais se transformou em mobilização permanente. Num primeiro momento, o cronograma de lutas está mantido. No entanto, o tom de alerta vai subir para indicativo de manifestações em frente a unidades chaves do banco e estão sendo consideradas sucessivas paralisações.
Foi a segunda vez que o banco decepcionou os trabalhadores e trabalhadoras. Na semana passada, antes da Assembleia Nacional dos Banrisulenses, sábado, dia 23, no Ritter Hotel, os representantes sindicais na Comissão Paritária bancários haviam solicitado que a proposta fosse apresentada para informar e deliberar junto à categoria. O banco não apresentou nada, alegando que precisava de mais tempo. A partir do dia 4 de abril, toda a quinta-feira será dia de luta, até que o banco apresente uma proposta de Plano de Carreira decente e pare de enrolar.
Fonte: Fetrafi-RS