Os bancários estão paralisando nesta quinta-feira, 11 de abril, agências do Santander em todo país, realizando um dia nacional de luta em protesto contra a falta de funcionários e reivindicando mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades e valorização dos aposentados.

 Uma carta aberta, elaborada pela Contraf-CUT, está sendo distribuída pelos sindicatos aos clientes, pedindo apoio e solidariedade para a luta dos bancários. Clique aqui para ler a carta aberta.

"As agências do Santander estão com falta de funcionários e sobrecarga de trabalho. O banco espanhol fez demissões em massa em dezembro de 2012, cortando 975 postos de trabalho. O pior é que, em vez de preencher essas vagas, novas dispensas estão acontecendo", denuncia o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 "Esse tremendo descaso do banco com o emprego, somado com a pressão das metas abusivas para a venda de produtos, agravou as condições de trabalho, gerando estresse, assédio moral e adoecimento de funcionários", alerta o dirigente sindical.

 Os dirigentes sindicais apontam que, com a carência de pessoal, o atendimento aos clientes piorou, mas o banco segue cobrando altas taxas de juros e tarifas exorbitantes. "Além disso, o banco tem empurrado clientes para utilizar correspondentes, onde não têm bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento e fragilizando a segurança".

O Santander lucrou R$ 6,3 bilhões em 2012. "Esse número só não foi maior ainda porque o banco destinou, mesmo com baixa inadimplência, R$ 14,9 bilhões para provisões com devedores duvidosos (PDD), um aumento em 30,11%, o que reduziu a participação nos lucros (PLR) dos funcionários", destaca Ademir.

 Esse resultado bilionário significou 26% do lucro mundial do Santander. "Em nenhum outro país do mundo, o banco ganhou tanto dinheiro como no Brasil", ressalta Ademir. Mesmo assim, demite para reduzir custos, enquanto paga bônus milionários aos altos executivos e gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Fórmula 1.

 "Queremos que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros e pare de enrolar nas negociações específicas e atenda as reivindicações dos funcionários", conclui o diretor da Contraf-CUT.

fonte: Contraf-CUT


Compartilhe este conteúdo: