As novas regras, que começam a ser implementadas no Brasil em outubro, exigem que os bancos tenham um nível de capital principal de 4,5% do valor dos seus ativos ponderados pelo risco. Até 2019, esse percentual se somará a um capital adicional, elevando o requerimento de capital principal para 7% a 9,5%.

Se todas as regras do acordo de Basileia 3 fossem implementadas hoje, o Itaú Unibanco ainda teria um capital principal de nível 1 – aquele de melhor qualidade, próprio – de praticamente 10%, segundo informou o banco ontem, 2 de maio, em teleconferência com analistas.

"Não teremos nenhum problema de adaptação ao Acordo de Basileia 3", disse Alfredo Egydio Setubal, vice-presidente e diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco. Segundo o executivo, a princípio o banco não tem necessidade de fazer aumento de capital para se adequar às regras.

Em simulação para investidores, o Itaú mostrou que em outubro deste ano deve ter 11,1% de capital principal, com a primeira etapa da implantação de Basileia 3. Em dezembro de 2019, prazo final para a adoção completa das novas regras, esse percentual seria de 9,9%, acima do intervalo de 7% a 9,5% que passará a ser obrigatório.

O executivo afirmou que tem interesse na operação da Credicard, administradora de cartões e promotora de vendas que está em processo de venda pelo Citi, mas dentro de condições que tragam retorno adequado aos acionistas.

"Estamos competindo para ganhar, mas não vamos fazer nenhuma loucura acima do que é razoável em termos de retorno aos acionistas", disse Setubal. Sobre a Redecard, ele disse que se tornou um produto do banco. "Temos canais e produtos, Redecard está sendo oferecida como um produto integrado com capital de giro."

 

Fonte: Valor Econômico


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