As tarifas bancárias avulsas sofreram reajustes de até 83% nos últimos 5 anos, aponta pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). O aumento ficou acima da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que no período entre 2008 e 2013 acumulou alta de 32,34%.

A pesquisa doi feita com base em dados de extratos bancários dos seis maiores bancos do país fornecidos por voluntários. Segundo o Idec, os serviços avulsos são utilizados pela maioria dos consumidores e respondem por 38% dos gastos com tarifas.

O levantamento aponta que a tarifa que gerou o maior desembolso de caixa dos consumidores foi a de concessão de adiantamento ao depositantee que o serviço com maior frequência de uso entre os avulsos foi a transferências de operações de DOC, a maioria no canal eletrônico.

Pacote de principais tarifas sobe até 36%

"Na avaliação do comportamento dos preços dos serviços bancários no período de cinco anos, os bancos promoveram reduções de serviços avulsos no último ano. No entanto, há uma compensação desta redução em serviços relacionados ao crédito, os quais não constam em pacotes de serviços ofertados pelos bancos", afirma Ione Amorim, economista do Idec responsável pelo estudo.

 

Comparativo do total das principais tarifas avulsas (prioritárias) consultadas pelo Idec

Bancos

2008 (R$)

2013 (R$)

Reajuste no período

Caixa

87,65 

98,70

13%

Banco do Brasil 

87,08

100,78

16%

Itaú Unibanco  

90,30

115,75

28%

Bradesco 

87,90

119,30

36%

Santander 

111,30

141,58

27%

HSBC 

118,50

143,91

21%

Na avaliação de um pacote preferencial com as principais tarifas avulsas, o reajuste nos últimos cinco anos foi de até 36%, segundo o levantamento.

O pacote referencial foi definido pelo Idec a partir das dez tarifas avulsas mais utilizadas em 2012. As dez tarifas identificadas nos extratos dos voluntários e selecionadas para a composição do pacote referencial foram: tarifa para emissão da segunda vida do cartão de débito; exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundos; fornecimento de folhas avulsas de cheque; saque em terminal eletrônico; extrato mensal presencial; extrato mensal em terminal eletrônico; Transferência DOC/TED presencial; DOC/TED em terminal eletrônico e internet.

A pesquisa aponta que apesar da redução dos preços de várias tarifas, o pacote referencial apresentou um reajuste entre 13% e 36%. Segundo o Idec, essa variação é provocada pelo elevado reajuste que a tarifa para concessão de adiantamento ao depositante sofreu (entre 43% e 83%).

O levantamento mostra que o preço do pacote referencial apresenta uma variação de 43% entre os bancos (De R$ 98,70 a R$ 143,91). Segundo o Idec, a variação de preços entre os principais bancos apresenta equilíbrio em duas tarifas: saque em terminal eletrônico de 10% (R$ 2,00 para R$ 2,20) e DOC/TED presencial 12%(12,85 e R$ 14,40). Já as maiores variações foram verificadas nas tarifas de exclusão de cadastro de cheque ( 82%, de R$ 28,50 a R$ 51,90) e de extrato presencial (84%, de R$ 2,00 a R$ 3,22).

O detalhamento da pesquisa está disponível no site do Idec.

Fonte: Economia UOL

 


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