Representantes da Central Única dos Trabalhadores estão sendo barrados de entrar no Congresso Nacional por centenas de seguranças do Legislativo, policiais militares e à paisana.  Apesar do uso e abuso de gás de pimenta, cassetete e bombas, cerca de três mil militantes cutistas continuam pressionando para que a voz dos trabalhadores seja ouvida.

Os diretores do Sindicato de Caxias do Sul e Região que representam os trabalhadores da base, e estão em Brasília relatam o clima de terror “correria entre manifestantes e polícia com gás de pimenta”. Recebemos também informações que devido aos tumultos, a votação foi suspensa, hoje, pela CCJ- Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Segue nesta quarta-feira, amanhã, 04/09 a votação.

Mobilizações – Além de delegações de cutistas de outros estados, um grupo de trabalhadores da educação, que já estava acampado diante do Congresso Nacional para cobrar no Senado a aprovação do Plano Nacional da Educação, irá fortalecer a luta contra o 4330. Trabalhadores sem-terra do entorno de Brasília também reforçarão a mobilização.



Terceirizados ganham menos, adoecem mais e são desrespeitados – De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.




Caso seja aprovado como está, o PL ampliará ainda mais as condições precárias de trabalho e colocará em risco todos os contratados com carteira assinada, já que permitirá a terceirização sem limites, em qualquer setor da empresa.



Pronto para ser votado em maio, o Projeto de Lei 4330 já recebeu aval do relator Arthur Maia (PMDB-BA). Porém, a definição foi adiada por conta da luta da CUT e das demais centrais. Desde junho, uma mesa quadripartite contruída por pressão dos trabalhadores discute o tema.



No último dia 28, o Tribunal Superior do Trabalho divulgou em seu portal um estudo sobre as empresas com processo julgados nos tribunais trabalhistas brasileiros. Das 20 primeiras do ranking, seis são do setor de terceirização de mão de obra. 

 

Fonte: CUT com Edição Bancax
Fotos: Antônio Pirotti

 


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