Proposta do BB frustra expectativas e bancários devem aderir à greve
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Em negociação ocorrida nesta segunda-feira (16) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a direção do Banco do Brasil frustrou as expectativas. Apesar de trazer avanços sociais importantes, o banco não apresentou respostas para as principais questões específicas do funcionalismo, que foram debatidas e aprovadas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. |
Desta forma, a orientação do Comando Nacional aos funcionários do BB é aderir à greve da categoria que inicia nesta quinta-feira (19) e lutar com muita unidade e mobilização para arrancar propostas que atendam as reivindicações econômicas e sociais, como aumento real, piso do Dieese, fim do assédio moral e das metas abusivas, emprego, melhores condições de saúde e trabalho, previdência e segurança bancária. Para Maria Cristina Vieira dos Santos, representante da Fetrafi/RS na Comissão de Empresa, o Banco do Brasil está empurrando os seus funcionários e as funcionárias para a greve. "Só com um movimento forte e unificado conquistaremos as reivindicações contidas nas pautas da mesa geral e específica", afirma a sindicalistas. Contraf-CUT cobra fim das reestruturações e terceirizações Logo no início da negociação, a Contraf-CUT e as entidades sindicais cobraram a interrupção imediata dos processos de reestruturação com a transferência dos serviços dos bancários para empresas terceirizadas como, por exemplo, a Cobra Tecnologia. Também foi questionado o total desrespeito do banco em lançar programas de desligamento, como PDV para vítimas de reestruturações. "Na última sexta-feira (13) ocorreu forte atividade de paralisação em São Paulo, cobrando a reversão desses processos e o fim da violência na cobrança de metas. Os funcionários de todas as bases onde há áreas meio estão aflitos com o rumo que a direção do banco tomou de reestruturar e terceirizar os serviços da atividade bancária", criticou William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Outra questão abordada foram os boletins da direção do BB ameaçando os bancários, como o do último dia 12, onde o banco sugere que os funcionários reflitam ao aderirem à greve, dizendo que haverá consequências indesejáveis no "pós-greve". "O banco alegou que a informação que ele quis dizer era de ‘consequências ao banco’, só que desde a greve em 2012 há processo investigatório no Ministério Público do Trabalho porque a Contraf-CUT teve que acionar o BB por perseguir grevistas. Se o banco faz referência a ‘pós greve’, ele está ameaçando de novo os bancários com retaliações e isso é prática antissindical condenada mundialmente pelas legislações que protegem os trabalhadores", denunciou o dirigente sindical. Propostas apresentadas pelo BB I – Com cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014 – Abono das horas de ausências, durante a jornada de trabalho, para os funcionários com deficiência, para aquisição, manutenção ou reparo de ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, etc), com limite de uma jornada de trabalho por ano; II – Sem cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014 – Vacina contra a gripe para todos os funcionários; e Prioridades apresentadas pelos funcionários do BB – Piso – Programa de Seleção Interna com critérios claros e transparentes; – igualar a pontuação do Mérito dos caixas e incluir os escriturários na carreira de Mérito, retroagindo ao histórico funcional de cada um; Contratações e fim das reestruturações e terceirizações – contratar mais 5 mil bancários e chamar imediatamente os concursados; Questões de Saúde – Cassi e Previ para todos; Metas individuais e diárias – fim da violência na cobrança de metas; Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS |