Coletivo Estadual de Dirigentes questiona demissões no Santander
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A Fetrafi-RS reuniu na manhã desta segunda-feira o Coletivo Estadual de Dirigentes do Banco Santander. A reunião contou com a participação de 19 representantes do SindBancários e do interior. Durante o encontro foram debatidos os temas demissões, qualidade de emprego e alterações no plano de saúde. |
O principal debate da reunião envolveu a intensificação do processo de demissões sem motivo no Santander. Os dirigentes sindicais relataram que o Banco continua a dispensar trabalhadores, mesmo diante dos altos lucros obtidos no país. “A lógica da gestão de pessoal do Santander está equivocada. O Banco não tem motivo para demitir, pois as agências já estão funcionando com déficit de pessoal. Esta postura deteriora as condições de trabalho através da sobrecarga e da instabilidade no emprego”, analisa o diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte, Bino kohler. Na avaliação dos dirigentes, a falta de funcionários também aumenta o assédio moral nas agências. “Obviamente, o excesso de tarefas e as cobranças constantes por metas inatingíveis geram um clima insuportável nos locais de trabalho. Isto leva ao adoecimento físico e psíquico dos bancários. A direção do Santander está gerando uma situação insustentável para os trabalhadores, que estão cada vez mais dependentes de medicação controlada”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo, Dário Delavy. Para enfrentar o processo desenfreado de demissões, o Coletivo definiu uma série de ações, que deverão ser encaminhadas pelas entidades filiadas à Fetrafi-RS no próximo período. Está prevista a realização de atividades de mobilização com o tema: “Mais bancários – melhores condições de trabalho”. Plano de saúde As mudanças feitas pelo Santander nos critérios de cobrança no plano de saúde dos funcionários têm gerado polêmica na categoria. O Banco apresentou uma proposta “maquiada”, que à princípio não expõe grandes modificações, mas já implicam em aumentos de até 28% na participação dos funcionários aposentados. A maioria dos trabalhadores, que hoje possuem planos médios, também terá que arcar com aumentos graduais nos valores de participação. Além de efetivar as mudanças sem prévia negociação com o movimento sindical, o movimento nega a apresentação dos contratos aos dirigentes. “Temos que tomar cuidado com os novos contratos de plano de saúde que estão sendo impostos pelo Santander. Com certeza o Banco tem motivos para esconder o conteúdo dos contratos”, questiona Dário Delavy. O movimento sindical irá encaminhar ações jurídicas contra as mudanças unilaterais no plano de saúde do Santander e também voltará a discutir o tema em âmbito nacional, no Comitê de Relações Trabalhistas. Participação do MTE A reunião do Coletivo também contou com a presença do superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego no RS, Flávio Zachia. Além de ouvir os relatos dos problemas no Santander, o mesmo garantiu que as demandas serão abordadas em reunião com o ministro do Trabalho e Emprego. Veja os sindicatos que participaram da reunião: Participaram da reunião dirigentes dos sindicatos de Alegrete; Camaquã; Cruz Alta; Fetrafi-RS; Ijuí; Litoral Norte; Litoral Norte; Passo Fundo; Pelotas; Santa Maria; Santa Rosa; São Leopoldo; SindBancários e Vale do Paranhana.
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