Nessa quinta-feira 19, os bancários realizaram um Dia Nacional de Luta protestando contra o Natal de dispensas no banco espanhol. Houve paralisações e distribuição de carta aberta aos clientes (clique aqui para ler a carta), pedindo apoio e solidariedade para a luta dos bancários visando suspender as demissões. O Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região distribuiu panfletos explicativos e colocou faixas em frente às agências, denunciando as demissões.

O Santander é hoje o banco que mais está cortando empregos no Brasil. Até na véspera do Natal! Conforme estudo do Dieese, o banco fechou 3.414 postos de trabalho, na contramão da economia brasileira, que gerou 1,3 milhão de vagas no período. Para o banco, as demissões são normais. Mas para os bancários são injustificáveis. O Santander obteve lucro de R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 24% do lucro mundial, o maior resultado entre todos os países onde o banco atua.

O Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região também realizou o levantamento, no último mês até agora, foram demitidos 12 funcionários na área de abrangência da entidade, desses, havia trabalhadores com mais de 27 anos de bancário. “Esse fato deixa claro a intenção do banco espanhol: enxugar; não podemos aceitar, queremos a substituição da direção atual do banco, que não valoriza o trabalhador, demite e explora, visando somente o lucro, enquanto os brasileiros são principais responsáveis pela maior fatia do resultado global da empresa, um absurdo” expõe Nelso Bebber, diretor do Sindicato e bancário do Santander que salienta a preocupação do Sindicato com a categoria.

Com tantas demissões, faltam cada vez mais funcionários nas agências, causando sobrecarga de serviços, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes.

"Com essa mobilização, esperamos que o espírito do Natal e Ano Novo sensibilize o Santander a abrir negociações com o movimento sindical para discutir uma política de emprego, porque esse modelo perverso de gestão prejudica trabalhadores e clientes, não serve para alavancar o banco e não contribui para o desenvolvimento econômico e social do país", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Fonte: Assessoria de Comunicação Bancax com Contraf-CUT

 


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