As instituições financeiras das montadoras fecharam o ano com cerca de 60% do total do crédito no segmento, segundo estimativa da Anef (associação dos bancos de montadoras). Em 2012, a participação era de 53%.

O volume total de crédito de veículos concedido em 2013 somou R$ 117,5 bilhões, levemente abaixo do ano anterior. O saldo das carteiras também caiu: de R$ 242 bilhões para R$ 228,6 bilhões.

Segundo o presidente da Anef, Décio Carbonari, os financiamentos com taxa zero ou reduzida diminuem o valor porque exigem entradas maiores. Em 2013, 53% dos veículos novos foram financiados, nível levemente acima do ano anterior (51%).

A fatia maior dos bancos de montadoras aproxima o Brasil de mercados maduros, onde eles têm maior presença no segmento, segundo Carbonari.

O executivo também nota avanço no comportamento do consumidor na hora de contratar o crédito na concessionária. "Mudou o hábito do cliente. Hoje, ele olha prestação, mas também a taxa de juros", explica.

As montadoras aproveitaram o período de juros básicos menores para aumentar as campanhas de taxa zero e impulsionar vendas.

Com a elevação da Selic, que encarece a estratégia, a previsão para este ano é que os subsídios sejam de menor proporção – taxas reduzidas em vez de custo zero.

As campanhas devem continuar como forma de combate ao mercado mais fraco, o que mantém a tendência de maior participação dos bancos de montadora.

Como pertencem ao mesmo grupo que a fabricante, essas instituições costumam a oferecer o custo menor no financiamento para ajudar na venda dos carros.
 


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