Conforme denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o banco espanhol está acabando com funções como GA+ e B1 e B2 (empresas). GA+ virou coordenadora dos caixas e B2 foi para plataforma. Ao menos dois gerentes empresa 1 e empresa 2 foram demitidos na região central de São Paulo, mesmo tendo atingido 100% das metas e tendo boa avaliação.
De acordo com o diretor do Sindicato, Marcelo Gonçalves, denúncias de bancários apontam que com a fusão dos cargos de empresa 1 e empresa 2, o Santander está criando uma nova categoria de gerentes, que tem o sugestivo nome de gerente misto. "Esta fusão representará mais clientes e serviços para um único gerente. A atual gestão do banco só cria confusão, sobrecarrega e gera enorme descontentamento entre os funcionários e impede o bom atendimento ao cliente."
Para os bancários que não foram demitidos por causa de mais essa reestruturação nos quadros do banco, sobra acúmulo de tarefas, pressão pelo cumprimento de mais metas, muito sofrimento e adoecimento.
"Estou esgotado, não posso ir ao médico, não consigo dormir e choro diariamente. Estou com atestado médico devido à resistência muito baixa, peguei uma baita infecção por dormir mal e comer muito pouco e pelo estresse causado por esse banco. E não poderei me afastar do trabalho devido a uma ferramenta punitiva chamada avaliação de qualidade operacional", relata um bancário.
A diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, cobra posicionamento sobre a questão. "O banco extingue cargos de maneira truculenta e injustificável. Isso traz acúmulo de atividades e adoecimentos físicos e psíquicos aos funcionários remanescentes. O Santander deve respeitar os trabalhadores brasileiros, responsáveis por mais de um quarto dos lucros mundiais da instituição."
Em 2013, o banco espanhol reduziu 4.371 empregos, fechou as portas de 94 agências, 128 postos de atendimento (PAs) e desativou 835 caixas eletrônicos. Tudo isso no mesmo período em que passou a administrar 29,5 milhões de contas correntes, ante 27,3 milhões em 2013, e obteve lucro de R$ 5,7 bilhões, o que representa 23% do resultado mundial do banco.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo