Aconteceu na última quarta-feira (16) a primeira reunião do Coletivo Nacional de Mulheres Bancárias, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. O coletivo foi eleito no 3º Encontro Nacional das Mulheres Bancárias, realizado em novembro do ano passado no Instituto Cajamar (SP), e tem por objetivo debater e formular políticas para as questões de gênero no sistema financeiro nacional.

Participaram as diretoras da Contraf-CUT Deise Recoaro, Andrea Vasconcelos, Barbara Peixoto e Rosalina Amorim e as representantes das federações Isabel Gregorio e Rosemari Zanin pela Fetec-PR, Janine Martins pela Fetec-CN, Marlene Tomé pela Fetrafi-MG, Crislaine Bertazzi pela Fetec-SP, Angela Savian pela Feeb SP-MS, Conceição Bezerra pela Fetrafi-NE, Iracini da Veiga Fetraf-RJ-ES, Cláudia dos Santos pela Fetrafi-RS e Zé Nilton, observador pelo Sindicato dos Bancários do ES.

Em um dos temas da reunião, foi feito o debate sobre as expectativas com relação à organização e funcionamento do Coletivo, no que se refere a periodicidade das reuniões e a relação com a CGROS – Comissão de Gênero Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT.

"Não há sobreposição de representação. O Coletivo Nacional de Mulheres terá a missão de aprofundar temas, o que geralmente não seria possível dentro da CGROS porque abarca outras formas de discriminação, não somente de gênero. Todas as demandas no que se refere à negociação coletiva passará necessariamente pela CGROS, pois é a partir desse espaço que negociamos com a representação patronal", destaca Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora do Coletivo.

O coletivo também discutiu a importância de se reeditar uma campanha de combate e prevenção ao assédio sexual no trabalho "Cada vez mais ocorrem denúncias do uso da imagem e do corpo das bancárias para vender produtos, trazendo constrangimento e comprometendo a saúde das trabalhadoras", ressalta Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf- CUT.

Conferências regionais

A próxima reunião ficou pré-agendada para acontecer próximo a data da 16ª Conferência Nacional dos Bancários. O Coletivo Nacional de Mulheres pretende pautar, a partir das conferências regionais, os principais temas ligados à questão de gênero para a Campanha Nacional 2014.

"Vamos nos empenhar para avançar na Convenção Coletiva de Trabalho, buscando uma cláusula para combater o assédio sexual. Outra grande demanda passa pela construção de um Plano de Cargos e Salários (PCS) democrático e transparente, que elimine o máximo possível o fator subjetividade nas promoções e oportunidades profissionais, para que as mulheres não sejam discriminadas", enfatiza Deise.

Fonte: Contraf-CUT
 


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