A Plenária final da 16ª edição da Conferência Estadual, realizada na manhã deste domingo (1º), aprovou a proposta de reajuste de 10% mais a inflação acumulada no período entre setembro de 2013 a agosto de 2014. A estratégia de campanha será a mesma de 2013, baseada na mesa única com a Fenaban e negociações específicas concomitantes com as direções dos bancos públicos. As propostas aprovadas serão encaminhas à Conferência Nacional, onde será constituída a minuta de reivindicações da categoria para a campanha salarial deste ano.

 

O coordenador da Secretaria de Organização Política e Sindical do Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região, Nelso Antonio Bebber, avalia que o encontro foi bastante produtivo, especialmente pela realização dos encontros separados por bancos, onde foi possível discutir questões específicas. “Os encontros foram produtivos e pudemos discutir temas que fazem parte do cotidiano dos bancários. Condições de trabalho, saúde e segurança foram os principais eixos discutidos e onde precisamos avançar ainda mais”, considera Bebber.

“Fizemos mais uma grande conferência graças ao empenho dos sindicatos filiados à Federação, que continuam cumprindo o papel essencial de mobilização da categoria no período pré-campanha salarial. A unidade que garante conquistas aos bancários há décadas só é atingida com democracia. Sempre buscamos abrir nossos fóruns, envolvendo o maior número possível de trabalhadores nos debates sobre as reivindicações que serão negociadas com os banqueiros. Mais uma vez os bancários gaúchos fizeram grande evento, atingindo este objetivo”, avalia o diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke.

Condições de trabalho

Os debates desenvolvidos ao longo da programação do evento abordaram as demandas gerais e específicas da categoria bancária no Estado. Um dos grandes desafios propostos pela Conferência é o combate às metas abusivas, que deterioram as condições de trabalho nos bancos. Ao longo do encontro o assunto foi amplamente discutido, a fim de definir estratégias para a negociação com os bancos.

O número de bancários afastados por problemas psíquicos assusta o movimento sindical. De acordo com informações da assessoria de Saúde da Fetrafi-RS, o percentual de trabalhadores que utiliza medicamentos controlados para suportar a rotina do trabalho bancário cresce a cada dia.

“Não queremos que os bancários deixem de ser bancários. Esta seria uma atitude imediatista e equivocada. Os trabalhadores do sistema financeiro merecem condições de trabalho dignas, que não os levem ao adoecimento. Os bancos sabem muito mais sobre as doenças do trabalho do que nós. As instituições definem suas metas e objetivos que são atingidos por meio da violência organizacional. Precisamos mudar esta lógica perversa”, analisa a diretora de Saúde da Fetrafi-RS, Denise Corrêa.

Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS com edição da assessoria de imprensa Bancax

 

 


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