O governo ainda não tem um número exato de quanto a Copa do Mundo 2014 poderá gerar para a economia brasileira. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, há estudos que mostram que a Copa pode impactar em R$ 30 bilhões as finanças do país, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP), ou 1% do Produto Interno Bruto, de acordo com levantamento que ainda está em curso. "Temos que apurar e fazer uma análise mais abrangente. As informações ainda não estão todas disponíveis e nem foram processadas", ponderou.

O governo divulgou nesta segunda-feira (14) um balanço da Copa do Mundo com a presença de ministros e da presidenta Dilma Rousseff. "O que fica para o Brasil é toda a infraestrutura, todo o desenvolvimento, esse enorme esforço trabalhado que um conjunto de órgãos teve para organizar a Copa do Mundo", disse a presidenta. Segundo Dilma, o Brasil ficará não apenas um legado material, mas um legado imaterial.

Um dos impactos positivos, na avaliação do governo, foi um acréscimo no turismo. O país recebeu 1 milhão de visitantes estrangeiros para a Copa e 95% deles pretendem voltar ao Brasil. Na infraestrutura, dois ministros comemoraram a ausência de falhas durante o Mundial. Nas Comunicações, de acordo com o ministro Paulo Bernardo, foram 517 horas de transmissão do Brasil para o mundo, envolvendo cerca de 20 mil profissionais de comunicação vindos de pelo menos 113 países.

No setor elétrico, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que não houve nenhum incidente no fornecimento de eletricidade nos estádios por conta do planejamento do órgão, que executou mais de 200 obras para garantir o suprimento de energia para a Copa.

Na segurança, o governo também comemorou a atuação e destacou a possível utilização dos Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs) para monitoramento de estradas e fronteiras como legado.

O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, destacou o resultado da Copa no que diz respeito à mobilidade urbana. Ele citou a estrutura criada para levar os torcedores para as áreas próximas aos estádios como exemplo das mudanças promovidas no setor durante o torneio. "Tivemos estrutura para promover de forma rápida e segura o transporte de torcedores para as arenas. Independente da Copa do Mundo, as obras deixam um legado de infraestrutura para todas a população brasileira".

Segundo Occhi, as obras de mobilidade previstas para a Copa e que não ficaram prontas a tempo, ainda serão entregues. O ministro lembrou o acidente ocorrido em Belo Horizonte, em que um viaduto em obras desabou, matando duas pessoas. "O governo federal lamenta essas mortes mas, de maneira pronta e rápida, cobrou da prefeitura a apuração da causa e trouxe a necessidade de apurar o que ocorreu e responsabilizar quem deu causa a esse acidente".

Em relação à saúde, o número de atendimentos foi inferior ao esperado para grandes evento. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, foram 7.055 atendimentos nos estádios, 0,2% do público total. O parâmetro internacional para atendimentos médicos em eventos de massa é de 1% a 2% do público. Fora das arenas, o total de atendimentos foi 17.042.

"Havia um certo temor de que viveríamos uma epidemia de dengue, que teríamos casos de ebola, sarampo, chikungunya, acidentes com escorpião, cobra. Quero dizer que não tivemos nenhum caso de saúde pública digno de registro", disse Chioro.

O Ministério das Relações Exteriores registrou 3.380 ocorrências envolvendo torcedores estrangeiros, atendidos pelo Itamaraty. Segundo a pasta, foram promovidos pelas embaixadas brasileiras no exterior, 78 eventos ligados à Copa.

Fonte: Agência Brasil
 


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