O Dieese/RS divulgou nesta terça-feira (05) a análise sobre o emprego bancário no Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano. No estudo foram considerados os trabalhadores de bancos comerciais; bancos múltiplos com carteira comercial; bancos múltiplos sem carteira comercial e bancos de investimento. Neste período houve redução de 666 postos nos bancos múltiplos com carteira comercial, 6 postos nos bancos múltiplos sem carteira comercial, 2 nos bancos comerciais e aumento de 66 postos na Caixa Econômica, totalizando um resultado negativo de -608 empregos, o que representa 16% dos 3.746 postos fechados no Brasil.

Com relação à remuneração, o salário médio dos admitidos correspondeu a 45,8% do salário dos desligados (R$ 2.682 frente R$ 5.852), percentual abaixo dos 63% observados para o país (R$ 3.283 ante R$ 5.208). Outro aspecto importante é que o salário de admissão no Rio Grande corresponde a pouco mais de 80% do salário de admissão em nível nacional (R$ 2.682 no RS e R$ 3.283 no Brasil), enquanto o salário de demissão é 12% maior no Estado do que no país (R$ 5.852 no RS e R$ 5.208 no Brasil). Ou seja, os contratados no RS recebem menos do que os contratados no resto do país enquanto os demitidos no Estado recebiam mais do que os demitidos no resto do país.

Essa contratação com menores custos se reflete em economia para os bancos (diferença entre a massa salarial dos desligados e dos admitidos). No primeiro semestre do ano os bancos economizaram pouco mais de R$ 5,6 milhões.

Isso representa 10% da economia de recursos em nível nacional (51,6 milhões), ainda que o Rio Grande responda por apenas 6% dos bancários.

Emprego feminino

A discrepância salarial é acentuada para as mulheres. No caso da relação entre admitidos e desligados, o salário das mulheres admitidas no Rio Grande representa 49% do salário das demitidas, média bem inferior aos 63% observados em âmbito nacional. A relação entre homens e mulheres também denota discrepâncias, uma vez que o salário de admissão das mulheres gaúchas é 75,5% dos salários dos homens (R$ 2.297 e R$3.040), percentual levemente superior aos 74,7% observados em âmbito nacional (R$ 2.805 e R$ 3.753).

Fonte: Dieese/Subseção Fetrafi-RS
 


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