No segundo dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae, nesta quinta-feira (4), o foco dos debates foi o seminário "A Caixa que a gente quer". O evento, realizado em Brasília sob coordenação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), contou com a participação de representantes das Apcefs de todo o país e convidados, e debateu a evolução da Caixa nos últimos anos e o futuro da empresa e dos empregados.

Ao abrir o encontro, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, destacou a importância das discussões. "O atual momento político do país requer a responsabilidade de todos nós. Não podemos permitir o retrocesso no país, ou seja, a volta do modelo neoliberal, que defende o Estado mínimo, a perda de direitos dos trabalhadores e, há alguns anos, preparou a Caixa para a privatização", afirmou.

Na primeira etapa do seminário, pela manhã, foram apresentados os dados financeiros e econômicos da Caixa entre 2002 e 2013. Os números foram reunidos pelos economistas Valmir Gôngora e Felipe Freire de Miranda.

O lucro líquido, por exemplo, cresceu 232,48% no período, passando de R$ 2 bilhões para R$ 6,7 bilhões. Já as operações de crédito subiram de R$ 361 bilhões para R$ 494 bilhões, alta de 36,8%. "E tudo isso fazendo política pública e ao mesmo tempo conquistando espaço no mercado", frisou Valmir Gôngora.

Destaque também para os números sobre abertura de unidades e contratação e empregados, também entre 2002 e 2013. Atualmente, o banco tem quase 100 mil empregados. Em 2002, eram 55.778. "Todos esses dados mostram o fortalecimento da Caixa como banco público e com forte papel social nos últimos 12 anos. Lucros e receitas cresceram, assim como os investimentos em áreas como habitação e infraestrutura, ou seja, ela foi protagonista no desenvolvimento do país", atestou Jair Pedro Ferreira.

É hora de mobilização!

A segunda etapa do seminário "A Caixa que a gente quer", à tarde, foi reservada para o debate em torno do futuro do banco, no qual os participantes puderam se manifestar. O presidente da Fenae declarou: "Marina Silva e Aécio Neves representam o retorno de um passado que os brasileiros não querem. Foi com Lula e Dilma que houve, entre outros avanços, o fortalecimento dos bancos públicos. É isso que queremos para o país".

"Precisamos nos mobilizar pela manutenção desse projeto que provocou mudanças no Brasil a partir de 2003. Só para citar um exemplo, os empregados da Caixa reconquistaram direitos usurpados no governo neoliberal de FHC e tiveram, todos os anos, aumentos salariais acima da inflação. O país precisa avançar, é verdade, mas só com Dilma isso será possível", lembrou Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão de Empregados da empresa (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, e diretora de Administração e Finanças da Fenae.

Devanir Camargo, diretor Executivo da Federação, conclamou: "É hora de todas as entidades arregaçarem as mangas para conquistarmos a Caixa e o Brasil que queremos". Já o secretário de Política Sindical da CUT, Jacy Afonso, convidado para as discussões, alertou: "se Marina ou Aécio vencerem a eleição, será o fim do importante processo de fortalecimento das entidades dos trabalhadores".

Dionísio Reis Siqueira, membro da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, comparou: "A Caixa saiu de um processo de desmonte, no governo FHC, e se tornou, com Lula e Dilma, um dos maiores braços na execução das políticas públicas. O país precisa de uma Caixa assim, forte e comprometida com um Brasil melhor para todos".

Fonte: Fenae
 


Compartilhe este conteúdo: