Na primeira rodada de negociação específica da Campanha 2014 entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), ocorrida nesta segunda-feira (25), em Fortaleza, foram discutidas as reivindicações de saúde, condições de trabalho e previdência complementar.

Saúde e condições de trabalho

Os dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos discutiram quanto à Camed o repasse da co-participação financeira. Além disso, defenderam a ampliação da rede de credenciados e a implantação do Programa de Assistência Social para aumentar o leque de benefícios de saúde para todos os funcionários.

Os representantes dos trabalhadores fizeram denúncias de assédio moral, principalmente em relação à extrapolação da jornada. Há bancários que são obrigados a trabalhar aos sábados e outros que sofrem assédio moral na direção geral do banco e nas agências.

As entidades reivindicaram a adesão do BNB ao protocolo de prevenção de conflitos nos ambientes de trabalho, previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como instrumento de combate ao assédio moral.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos Souza, destacou que o BNB pode mais contratar mais trabalhadores para melhorar as condições de trabalho e atendimento. "Seria importante que o banco chegasse aos 10 mil funcionários, pois a concentração de serviço nas mãos de poucos gera adoecimento, que tem sido uma das grandes reclamações do funcionalismo", aponta.

Ponto eletrônico

Houve ainda cobrança de pendências de outras negociações, que dizem respeito a questões para as quais o banco ainda não deu solução, como o ponto eletrônico e o vale cultura. As entidades não aceitam a justificativa do banco de que precisa consertar as máquinas do ponto.

"Nós não estamos interessados nas máquinas, estamos interessados no controle da jornada, que pode ser feito diretamente no computador, como é hoje no Banco do Brasil", disse Tomaz de Aquino, coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, que assessora o Comando nas negociações com o banco.

Soluções para Capef

Os dirigentes sindicais cobraram solução para o Plano BD da Capef, pois a solução financeira dada através do Plano de Incentivo ao Desligamento (PID) não resolveu o problema dos aposentados pelo INSS e que continuam trabalhando no banco. São cerca de 1.500 funcionários que se encontram nessa situação.

Na Capef há um contingente elevado de pessoas, que já não contribuem mais, mas que continuam sem receber o benefício, que é seu direito. As entidades pediram que o banco volte a examinar essa demanda.

O movimento sindical se colocou à disposição para estudar uma solução conjunta, pois há necessidade de resolver essa questão com urgência, inclusive para discutir o custeio da Capef.

As entidades enfatizaram que é preciso debater também a democratização e garantir uma gestão compartilhada para o plano de previdência, elegendo um representante dos trabalhadores para a diretoria executiva, com o fim do voto de qualidade (voto de minerva).

Calendário de negociações específicas

Dia 5 – Igualdade, Segurança e Emprego (Maceió)
Dia 12 – PLR e Piso Salarial (local a ser definido)
Dia 15 – Plano de Funções, PCR e demais cláusulas econômicas (Fortaleza)

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará
 


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