Com os 2,02% de aumento real conquistado na campanha salarial 2014, o maior não escalonado desde 1995, os bancários superaram a marca de 20% de reajustes acima da inflação desde 2004 nos bancos privados. Na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, o ganho foi de 21,3% nesse período.

Para o piso, os reajustes foram ainda maiores. Somado aos 2,49% de agora, o reajuste real desde 2004 bate na casa dos 42,1%. Foi de 9% neste ano.

Além dos salários, no entanto, os reajustes de 8,5% em 2014 serão aplicados em benefícios como vale-alimentação, 13ª cesta, auxílios creche e babá, regra básica da PLR e parcela adicional da PLR. No caso do vale-refeição, o reajuste é de 12,2%. Tudo deve ser pago retroativamente a 1º de setembro, data-base da categoria.

Este ano foi o 11º seguido de aumento real para os bancários, conquista que é resultado de muita luta e organização da categoria. Mas nem sempre foi assim. Ocorre que, entre 1995 e 2003, durante o governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves, a política adotada era de reajuste zero. Isto, inclusive, estava associado a duas outras medidas prejudicais aos trabalhadores: arrocho salarial e demissões.

No período de 1994 a 2002, as demissões no setor bancário alcançaram a marca de 30%, atingindo mais de 150 mil trabalhadores. Também, nesse período, foram registrados casos frequentes de suicídio de bancários na Caixa e no BB, provocados por medidas administrativas com foco no desmantelamento das instituições financeiras públicas.

A mudança de ciclo começou a ser detectada a partir de 2003, com registro de crescimento até 2012. Desde então, o volume de contratações nos bancos públicos chegou a 110 mil trabalhadores a mais, num claro exemplo da diferença de políticas entre os governos neoliberais do PSDB e os governos de Lula e Dilma. Um, sob o comando de FHC, era sinônimo de achatamento salarial e desemprego, enquanto o outro adotou política de crescimento nos salários e no número de bancários.

Fonte: Fenae
 


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