Presente ao encontro dos líderes mundiais em Davos, na Suíça, o banqueiro Roberto Setubal fez previsões agourentas, como a desvalorização das moedas dos emergentes, que, até agora, não se materializaram. Ao contrário, um dia depois da fala do banqueiro, o real se valoriza e as ações brasileiras, em especial da Petrobras e da Vale, sobem com força e, ao que tudo indica, os investidores estão mais interessados nas palavras do ministro Joaquim Levy, da Fazenda, do que no catastrofismo do dono do Itaú Unibanco.

Se os investidores internacionais dessem ouvidos ao que diz o banqueiro Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, que, nos últimos anos se notabilizou pela oposição radical à política econômica, o Brasil estaria em maus lençóis.

Ontem (21), em palestra no encontro de líderes globais em Davos, na Suíça, Setubal previu um cenário catastrófico. Disse que a queda nos preços das commodities veio para ficar e previu tempos de grande pressão sobre as moedas dos países emergentes.

Um dia depois, o que se vê nos mercados é um cenário oposto. Nesta quinta-feira (22), o real se valoriza mais de 1%, a Bovespa sobe e as ações da Petrobras, que subiram 6% ontem, registram uma nova sessão de forte alta, com mais 4%. Outra petroleira, a HRT, chegou a subir 40%. E a Vale, maior exportadora brasileira, também subiu forte, com a recomendação de compra do Societé Génerale.

Ao que tudo indica, os investidores estão mais atentos nas palavras do ministro Joaquim Levy, que, em Davos, disse sentir uma grande torcida a favor do Brasil, do que em Setubal, que parece torcer contra.

Fonte: Brasil 247
 


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