O Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região promove, na próxima sexta-feira, 6 de março, às 18h,o espetáculo teatral A Mãe e o Monstro, com o Grupo de Teatro Ueba. O evento é uma homenagem à passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. A apresentação acontecerá na Sala de Teatro, localizada junto ao Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho (Rua Rua Luiz Antunes, 312, Bairro Panazzolo, em Caxias do Sul – RS).

O acesso é gratuito para bancárias e bancários, com a possibilidade de levar acompanhante, mas é necessário retirar antecipadamente os ingressos na sede do sindicato, na Rua Borges de Medeiros, 676, Centro de Caxias do Sul. Também é possível fazer a reserva através do telefone (54) 3223.2166.

Antes da encenação, o Sindicato oferece um coquetel para recepcionar as convidadas. Após o espetáculo heverá um bate-papo com a atriz Aline Zilli, protagonista da peça; Denise Falkenberg Corrêa, diretora de Política Sindical da Fetrafi ; e Stelamaris Zanatta, psicóloga do Sindicato dos Bancários de Caxias.

Sobre a peça

Inspirado no conto homônimo de Guy de Maupassant, o espetáculo solo de Rua do Grupo Ueba, A Mãe e o Monstro busca instigar no público diferentes tipos de reflexão. Com o intuito de expor e não julgar, o espetáculo conta a história de uma personagem que sofreu diferentes tipos de abusos, físicos e psicológicos no decorrer de sua vida, moldando sua personalidade de acordo com esses acontecimentos. Este espetáculo solo utiliza-se da figura do bufão, um ser grotesco e excluído que faz críticas e denúncias sociais utilizando a comédia e o sarcasmo para manter-se vivo. Os bufos geralmente tem alguma deformidade física, neste caso uma corcunda, e o que melhor fazem é rir e expor os sujeitos normais que possuem deformações sociais.

O espetáculo tem caráter dinâmico, e através de pitadas de humor e sarcasmo apresenta ao público a história de uma mulher que usa um espartilho para esconder a gravidez fazendo com que ela dê a luz uma aberração. Mesclando fragmentos do conto e depoimentos reais de mulheres violentadas, a dramaturgia foi criada com o intuito de causar a reflexão no espectador a cerca de suas próprias vidas.

Trata-se de um espetáculo que coloca o público dentro de realidade nada distante, da violência feminina. Na montagem, a personagem reúne o público em volta da sua moradia, um velho andaime de construção, que agora carrega marcas da sua casa, seus pertences e suas quinquilharias. Seu andaime é seu castelo e sua masmorra, sua cozinha, seu quarto e sua sala, seu andaime é seu mundo e ela convida todos a compartilhar de suas histórias neste ambiente.

A personagem sobe e desce da estrutura como se fosse um trapézio, onde demonstra uma habilidade física e transforma a sua oratória como o andante na corda bamba que faz malabarismos. Os demais objetos que estão presos a essa estrutura foram escolhidos objetivando frisar ainda mais a ideia de habitação, sendo objetos comumente encontrados em qualquer moradia, como panelas, xícaras, espelho entre outros. Além disso, estes objetos servem para representar fragmentos e passagens da vida da personagem. Assim como sua roupa, o figurino, é todo rendado, puído pelo tempo como se fosse uma lembrança do que ela não viveu, rendas costuradas de um sonho esfarrapado.

Ficha técnica:

A Mãe e o Monstro
Autor: Guy de Maupassant
Dramaturgia: Jonas Piccoli
Direção: Jonas Piccoli
Figurinos: Raquel Cappelletto
Duração: 40 min
Atuação: Aline Zilli
Produção: Grupo Ueba
 


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