Diferente do que foi prometido no final do ano passado, de que o HSBC continuaria investindo no país, o HSBC voltou a demitir funcionários em Rondônia. Nem mesmo funcionários portadores de LER/Dort são poupados, sendo sumariamente desligados sem nenhuma justificativa plausível.

Somente até a manhã de quarta-feira (1º) houve três demissões em agências do banco inglês em Rondônia, sem reposição das vagas. Na segunda-feira (30) uma funcionária da agência Urbana (ao lado do terminal rodoviário) foi demitida em Porto Velho e, dois dias depois, um funcionário da agência de Jaru também foi desligado impiedosamente.

O que chama a atenção é que ambos são trabalhadores lesionados, ou seja, acometidos de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort) no exercício das funções no banco.

O colega de Jaru, por sinal, que já havia sido dispensado em outra oportunidade e conseguiu a reintegração via Justiça do Trabalho. Agora volta a enfrentar o mesmo fantasma da demissão.

Mas o banco demitiu ainda uma funcionária da agência de Ji-Paraná, ampliando a onda de fechamento de postos de trabalho e gerando uma expectativa de mais demissões a qualquer momento.

Em novembro de 2014, o banco inglês promoveu uma onda de demissões por todo o país, o que levou o movimento sindical a lutar e pressionar pelo fim dos cortes. Pressionado, o HSBC se comprometeu a rever as demissões injustas de bancários com problemas graves de saúde (doenças ocupacionais, Aids, câncer) e em período de estabilidade pré-aposentadoria, bem como disse continuar "investindo" no país.

"Aqui em Rondônia o banco encerrou as atividades da única agência de Rolim de Moura, em 2013, e transformou a agência Urbana, em Porto Velho, numa loja de créditos, obrigado os funcionários a migrarem para a agência Centro. Tudo isso deixa os trabalhadores apavorados, pois não sabem quem será a próxima vítima, e que isso pode acontecer com qualquer um e a qualquer momento, sem aviso prévio", afirma o do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), José Pinheiro.

"Enquanto os clientes lotam as agências bancárias no Estado, o HSBC está fechando agência, demitindo empregados, fechando postos de trabalho e comprometendo ainda mais o atendimento, que já é precário, onde os clientes ficam horas nas filas para serem atendidos", disse Pinheiro.

"O Sindicato vai buscar o diálogo com a direção nacional do banco, objetivando a revisão das demissões e, caso haja a negativa pela parte patronal, a entidade vai buscar a garantia do emprego desses trabalhadores desligados injustamente na Justiça", conclui o sindicalista.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rondônia
 


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