A Comissão de Organização dos Empregados (COE )do HSBC, que assessora a Contraf-CUT, reuniu-se nesta segunda e terça-feiras (27 e 28) na sede da Confederação, em São Paulo, para discutir a conjuntura atual com os rumores de que o banco possa sair do Brasil e o impacto disso para futuro dos funcionários. A notícia sobre a venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times, no dia 17 de abril.

A Contraf-CUT solicitou nesta segunda-feira 27 reunião com a direção do banco para pedir esclarecimentos sobre as informações que estão sendo veiculadas na imprensa e sobre a real situação do banco nesse momento. "Não vamos admitir que quem trabalha honestamente todos os dias pague com seu emprego pelos erros de gestão cometidos", afirmou Roberto von der Osten, presidente da entidade.

Avaliação da COE é de que o momento é bastante delicado e que o clima nos locais de trabalho é de muita tensão, por conta dos boatos que surgem a todo o momento. "Não podemos aceitar que as mudanças que possam vir a ocorrer no banco prejudiquem os trabalhadores", afirmou Cristiane Zacarias, funcionária do banco em Curitiba e coordenadora da COE HSBC.

Preocupação é preservar empregos

A Contraf-CUT decidiu pela formação de uma força-tarefa que irá a Brasília nos próximos dias dialogar com parlamentares, com o Banco Central e com o governo , para que os funcionários não fiquem alijados do processo de mudança de destino do banco. Também está encaminhando ofícios aos agentes envolvidos para agendar esses encontros.

"Nossa maior preocupação é com o emprego. Já vivemos uma situação parecida quando o Bamerindus foi comprado pelo HSBC. Nós nos adiantamos, conversamos com todas as autoridades envolvidas e isso contribuiu para que o processo não significasse demissão em massa dos bancários. Vamos fazer o mesmo agora", afirma Sergio Siqueira, funcionário do banco e da direção da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT
 


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