Desde abril de 2013, a área comercial da rede de agências do Banrisul sofre com uma mudança estrutural. O banco decidiu alterar metas e critérios no trabalho dos ONs (Operadores de Negócios) e GNs (Gerentes de Negócios). A mudança repercutiu negativamente na vida dos empregados e empregadas. A partir de então, os bancários precisam atingir a meta a cada três semestres em um período de quatro semestres. De acordo com a regra anterior, os ONs só perdiam suas carteiras de clientes se não conseguissem atingir a meta por três semestres consecutivos. A decisão do banco foi retroativa a janeiro de 2013, prejudicando muitos operadores.

Para tentar reverter essa condição e elencar outros problemas enfrentados pelo segmento, SindBancários e Fetrafi-RS reuniram ONs e GNs na noite da quinta-feira, 17/12, na Casa dos Bancários. Além de organizar uma lista de questões a serem negociadas com o Banrisul, os ONs criaram um Grupo de Trabalho (GT), que irá se reunir no Sindicato.

Ação sindical

Segundo a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa, a entidade já ajuizou uma Ação Civil Pública no fim do mês de novembro, com validade para todo o Estado, pedindo que a Justiça mande o Banrisul se abster de modificar de maneira unilateral as regras para os GNs e ONs. "O banco tem imposto mudanças que prejudicam muito os trabalhadores. A instituição deveria discutir os novos critérios antes de aplicá-los”, salienta a dirigente sindical.

Outro critério questionado pelo movimento sindical é a penalização do bancário quando um negócio realizado por ele fica em inadimplência. Do mesmo modo, uma empregada ON que em licença maternidade sofre consequências no seu Índice de Desempenho. Neste caso, a ausência justificada do trabalho é desconsiderada na avaliação.

"Vários ONs tiveram resultados negativos por causa da mudança de regra. Foram mudadas metas estratégicas e foi incluída a inadimplência como fator de definição da meta. O banco ampliou a meta e repassou os riscos para os ONs. O correto seria premiar quem consegue recuperar”, avaliou a diretora de Comunicação do Sindicato e funcionária do Banrisul, Ana Guimaraens.

O diretor do SindBancários e também funcionário do Banrisul, Carlos Bobsin, argumenta que essas alterações estão não apenas criando um passivo jurídico para o banco, mas repercutindo na saúde dos colegas. "A reunião mostrou o quanto as rotinas foram alteradas. Há colegas que estão trabalhando sob pressão aumentada. Estamos preocupados porque se trata de uma função estratégica, que define a capacidade do banco fazer frente à concorrência. Está mais do que na hora de aliviar as metas para que os colegas possam trabalhar com mais tranquilidade e serem mais produtivos”, avaliou Bobsin, que também é Operador de Negócio.

Finte: Imprensa SindBancários com edição da Fetrafi-RS
 


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