A Fetrafi-RS divulgou nesta segunda-feira os números da 12ª edição do Congresso Estadual da entidade, realizado nos dias 18 e 19 de março. O evento reuniu 327 delegados e delegadas com direito a voto e 12 observadores, além de convidados e palestrantes. A participação feminina nas delegações do evento foi de 38,83%, totalizando 127 delegadas, já o público masculino teve percentual de participação de 61,16%, com 200 delegados.

A maior delegação do 12º Congresso Estadual foi a de Porto Alegre, com 142 bancários, composta por 93 homens e 49 mulheres. Já as delegações vindas do Interior do Estado totalizaram 185 trabalhadores.

Além de discutir e deliberar sobre a linha de atuação da Fetrafi-RS, os delegados do evento elegeram a nova diretoria da Federação para a gestão 2016/2019. A nominata completa dos novos diretores, incluindo os sete membros efetivos do Colegiado Executivo serão divulgados nesta terça-feira (22).

Moção aprovada

Durante o Congresso foi aprovada uma moção contra o golpe ao Governo Dilma. Confira o texto na íntegra:

Nem tudo vai bem, mas pela unidade contra o golpe

Mesmo agora, durante o maior ataque das forças conservadores tradicionais, o governo Dilma sanciona a absurda "Lei Anti-terrorismo”, colocando mais uma herança extremamente problemática para os movimentos sociais e para a classe trabalhadora.

A esquerda do país, inclusive a que não tem absolutamente na da a ver com os erros do governo federal, está sendo atacada de forma sistemática. É preciso criticar fortemente o afastamento do governo da classe trabalhadora, a opção pelas alianças com o pior da política brasileira e o incontável encaminhamento de projetos que vão de encontro aos interesses do campo progressista.

Precisamos de unidade para evitar o grave retrocesso civilizacional que podemos ter com o crescimento das ideias fascistas simbolizadas, por exemplo, pelo deputado Bolsonaro. A democracia no Brasil é recente e ainda frágil, e é preciso que, ao mesmo tempo em que a corrupção seja apurada, seja qual for a personalidade ou o partido que a tenha cometido, defende-la. Impedir mais um regime ditatorial no país e defender a democracia (e seu aprofundamento radical) é, sempre que houver essa ameaça, algo prioritário.

Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, que já foram nossa Viena Vermelha, não assistirão calados ao ataque do campo reacionário, através da conjugação do ataque midiático, do poder judiciário, de interesses internacionais. Defendemos que esse Congresso Estadual aprove moção criticando fortemente os desvios programáticos do governo Dilma e que aponte para a unidade contra o golpe articulado pela direita brasileira e internacional.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS
Foto: Caco Argemi
 


Compartilhe este conteúdo: