A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem com o Itaú nesta quarta-feira (23), em São Paulo, na sede do banco, para discutir o tema emprego. Após a onda de demissões promovida no passado, depois da campanha nacional, os representantes sindicais solicitaram ao banco uma reunião, a cada três meses, para discutir o nível de emprego na instituição.

O Itaú tem afirmado que não há variação no número de demitidos em comparação a 2014 e que não haverá demissão em massa. Mas os dirigentes sindicais pediram informações mais detalhadas, as quais o banco ficou de repassar, já que os sindicatos da base registraram aumento de homologações.

“Esperamos que o banco nos apresente os dados mais recentes, até fevereiro, sobre o número de funcionários e demissões. Além do fechamento de agências. Estamos mobilizados para que o banco se comprometa com o emprego, principalmente neste momento de instabilidade econômica e política no país”, explicou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que se reuniu nesta terça (22), na sede da Confederação, em São Paulo, para discutir as demandas com o banco.

Lucro X Demissões

O Itaú obteve em 2015 o maior lucro anual da história de um banco registrado até hoje, de R$ 23,8 bilhões, aumento de 15,6% em relação ao resultado do ano anterior, superando seu próprio recorde de 2014.

Apesar do excelente desempenho, o banco reduziu 2.711 postos de trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego no país e para a piora das condições de trabalho em suas unidades.

De acordo com a análise feita pelo Dieese, a holding encerrou o ano de 2015 com 83.481 empregados no país, com redução de 2.711 postos de trabalho em relação a 2014. Foram abertas 63 agências digitais e foram fechadas 120 agências físicas no país no ano (sendo 3.816, em dezembro de 2015). O total de agências no Brasil e exterior encerrou 2015 em 4.985.

“Fica difícil ao banco justificar porque continua seguindo com sua política de demissões, que reduziu postos de trabalhos extremamente necessários na conjuntura, O balanço mostra que as receitas de serviços mais as receitas de tarifas continuam a pagar todas as despesas com pessoal e ainda apresentam um saldo excedente”, avaliou Jair.

Fonte: Contraf-CUT 


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