Em 2017, no 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil haverá paridade de gênero. A proposta foi aprovada por unanimidade no 27º Congresso realizado nos dias 17 a 19 de junho em São Paulo.

A decisão vai ampliar a participação feminina, assegurando a representatividade das mulheres que, apesar de ocuparem metade dos postos de trabalho, têm uma participação minoritária neste importante espaço de discussão do movimento nacional da categoria. No Congresso deste ano, dos 323 delegados presentes, 111 eram mulheres, 34,36% do total
A proposta de paridade foi apresentada no grupo de Organização do Movimento para ser votada. Após construído acordo, a coordenação da mesa sugeriu aprovar a proposta por consenso, sem necessidade de votação.

Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, os sindicatos terão que construir um debate estratégico com suas bases para cumprir este desafio: “Esta decisão ousada vai fazer avançar o processo democrático nos espaços representativos da nossa categoria. Todas as correntes políticas concordaram com a proposta e ela foi aprovada por unanimidade. Agora cabe aos sindicatos consolidar este avanço confirmando esta deliberação como conquista real”, destaca.

“É uma decisão importantíssima. As mulheres estão avançando na construção da paridade. Não apenas nos fóruns de debates, mas também nas direções das entidades, como já aconteceu na CUT. Além de lutar pela igualdade de oportunidades nos bancos, precisamos garantir a nossa representação política. Nas eleições para o Legislativo federal brasileiro (Câmara e Senado) em 2014, por exemplo, menos de 10% dos parlamentares eleitos são mulheres, apesar de a exigência legal destinar cota mínima de 30% às candidaturas do sexo feminino” afirma Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.serão realizadas discussões nos sindicatos e federações, em conjunto com a Secretaria de Mulheres da Contraf-CUT, para que a paridade seja efetivamente construída: “Vamos trabalhar para que tenhamos pelo menos 150 mulheres delegadas no próximo Congresso”, destaca.

Fonte: Contraf-CUT
 


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