Uma nova rodada de negociação da mesa permanente com a Caixa Econômica Federal será realizada, nesta terça-feira (12), na Matriz II, em Brasília (DF), das 14h30 às 17h. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, um dos principais pontos da reunião será o fim do adicional de insalubridade para os avaliadores de penhor. A CEE vai reivindicar a revogação da medida.

O corte do adicional de insalubridade foi oficializado pela direção da empresa em comunicado interno no dia 5 de julho. A justificativa foi baseada em laudos de empresas contratadas, que consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos por esses empregados não apresenta risco à saúde e que, portanto, não caberia o pagamento do adicional, que corresponde a 40% do salário mínimo (R$ 352).

“Ninguém está defendendo um local insalubre. Se a melhoria realmente aconteceu, será motivo de comemoração. No entanto, não é isso que apontam os relatos que ouvimos de avaliadores que participaram do 32º Conecef, realizado há duas semanas”, afirmou a coordenadora da Comissão dos Empregados, Fabiana Matheus. Ela acrescentou: “as entidades já estão contratando laudos técnicos para confrontar a decisão da Caixa”.

Entre as principais ameaças da função está a manipulação de produtos químicos tóxicos. Mais recentemente, atendendo reivindicação do movimento sindical, a Caixa instalou exautores nas bancadas, equipamentos muito questionados pelos próprios trabalhadores. “Outro problema que identificamos numa análise inicial é que os laudos não fazem referência ao espectrômetro, um serviço automatizado que identifica, por fluorescência de raios x, as ligas metálicas das joias”, completou Plínio Pavão, assessor da Fenae e membro do GT Saúde do Trabalhador.

Fonte: Fenae
 


Compartilhe este conteúdo: