O 24º dia da GREVE dos bancários levou para a frente da sede da Direção Geral (DG) do Banrisul, desde a manhã da quinta-feira, 29/9, uma cobrança. Banrisulenses, bancários de outros bancos públicos deram um recado direto. Chegou a hora de a direção do Banrisul retomar as mesas de negociação da pauta específica dos banrisulenses. Desde que a Campanha Salarial se iniciou somente no dia 2 de setembro houve mesa de negociação, e os representantes do banco chegaram de mãos vazias (leia aqui).

Com muita disposição para lutar por melhores condições de trabalho, os bancários começaram a chegar para a concentração às 10h. O trecho da Caldas Junior, rua em que fica a sede da DG, ficou fechada. Teve almoço coletivo, o tradicional salsichão com pão, que os bancários chamam de "salchipão”, o som ao vivo com o músico gaúcho Rosa Franco e manifestações de que não há motivos para o Banrisul deixar de se reunir com o Comando Nacional dos Banrisulenses e negociar avanços na pauta específica.
"Está muito boa e muito mobilizada a nossa GREVE. Com a demora das negociações com a Fenaban, a diretoria do Banrisul pode muito bem nos receber para negociarmos avanços. Temos muito o que conversar. Os Banrisulenses também precisam saber que é tempo de defender o banco público dos gaúchos. Tanto o governo do Estado quanto o governo federal estão mostrando disposição para vender o patrimônio público. Por isso é hora de os Banrisulenses manterem a mobilização para que possamos buscar melhores condições de trabalho e fortalece a luta para defender o Banrisul público”, explicou Gimenis.
O presidente se refere há algumas sinalizações sobre possível utilização do patrimônio público para, por meio de um discurso de crise e caos nas finanças, justificar venda de empresas públicas. No mês passado, o governo federal chegou a anunciar um acordo de rolagem da dívida dos estados por 20 anos, com seis meses de moratória. Mais recentemente, coluna em jornal de grande circulação registrou intenção do governo do Estado de alterar o artigo 22 da Constituição Estadual na Assembleia Legislativa, desobrigando a chamada de plebiscito ou consulta pública à população para realizar qualquer alteração administrativa nas empresas públicas estaduais.
Nesta sexta-feira, 30/9, a partir das 11h, os Banrisulenses têm um compromisso com a sua luta e em defesa do Badesul público e fortalecido. Em frente à sede do Badesul, no Centro de Porto Alegre, terá início um ato de solidariedade em defesa do banco de fomento público. Ao meio-dia, haverá almoço coletivo. O Badesul, no início desta semana, foi alvo de ataques e chegou a ser descredenciado como parceiro do Badesul. Na quarta-feira, 28/9, foi reestabelecido o fluxo de operações entre as duas instituições (Leia aqui).
A GREVE nacional dos bancários seguiu fortalecida em seu 24º dia, a quinta, 29/9. Após a reunião com a Fenaban, na quarta-feira, 28/9, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários orientou a rejeição da nova proposta e a manutenção da GREVE por tempo indeterminado. A Fenaban ofereceu os mesmos 7% de reajuste no piso e verbas salariais (vales e auxílios) e abono de R$ 3.500. Os bancários querem aumento decente, garantias dos empregos, mais segurança e melhores condições de trabalho. A GREVE chegou ao 24º dia, com 305 agências fechadas na área do SindBancários, totalizando 1.035 em todo o Estado.

Agenda de mobilização da GREVE

Sexta-feira, 30/9
10h: Concentração para Caminhada de Mobilização da GREVE em frente à sede do BRDE (Rua Uruguai, 155, Centro Histórico de Porto Alegre).
11h: Concentração para Ato de Solidariedade aos bancários do Badesul em frente à sede do banco público (Rua Andrade Neves, 175, Centro Histórico de Porto Alegre).
12h: Almoço coletivo em frente à sede do Badesul.

Segunda-feira, 3/10
10h: Ato em Defesa dos Bancos públicos e de Mobilização para fortalecimento da GREVE em frente à sede do Banco do Brasil (Rua Uruguai, 185, Centro Histórico de Porto Alegre).

Fonte: Imprensa/SindBancários
Fotos: Caco Argemi
 

 


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