Durante evento da Caixa Econômica Federal, em Brasília, nesta quinta-feira (9), Michel Temer comemorou a aprovação dos projetos encaminhados pelo governo ao Congresso que, segundo ele, tem avançado mais rápido do que esperava. Ele comemora que conseguiu desmontar o Estado brasileiro ao afirmar que com a aprovações das reformas foi possível fazer em nove meses meses o que ele imaginava que seriam necessários pelo menos dois anos. 

Contraditório, Temer afirmou ainda que a palavra-chave de seu governo é o diálogo, mas excluiu o povo do seu "diálogo". "É preciso harmonia e distensão entre os poderes e temos conseguido", disse.

Uma das principais críticas que pesam contra esse governo é a falta de debate com a sociedade sobre os projetos e medidas encaminhadas ao Congresso. A reforma do Ensino Médio, que motivou o discurso de Temer, foi aprovada nesta quarta-feira (8). O projeto foi enviado como Medida Provisório, que reduz o debate e a participação da sociedade na adequação do projeto.

A PEC do Teto, que congela por 20 anos os investimentos públicos, também foi no rolo compressor. O governo não economizou em jantares e agrados para garantir os votos e acelerar a votação.

As reformas trabalhistas e da Previdência, também em tramitação no Congresso, seguem o mesmo ritmo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se apressou em instalar as comissões especiais. A estratégia é correr com os projeto e, assim, tentar evitar o rechaço das ruas, já que as medidas são rechaçadas pelo conjunto das centrais sindicais e movimentos sociais.

No discurso, Temer tenta construir um cenário que não existe. Fala em harmonia entre os poderes e futuro promissor. Ao mesmo tempo diz que seu governo será de reformas e que ele terá coragem para fazê-las, mesmo que a tendência dos governantes seja "deixar passar" temas espinhosos.

Em seguida, Temer emendou afirmando que sabe que a reforma trabalhista é um tema complicado, mas acredita que ela será aprovada. "Eu sei que é uma matéria difícil, mas é uma coisa importante para o país", disse, lembrando o envio da reforma da previdência.
 

Fonte: Dayane Santos, do Portal Vermelho


Compartilhe este conteúdo: