Numa clara retaliação a seus empregados que participaram da greve geral contra as reformas Trabalhista e da Previdência, as direções de alguns bancos já anunciaram através de comunicados internos, que irão descontar o dia parado e considerar o mesmo como falta injustificada. A Assessoria Jurídica da Fetrafi-RS já prepara ação específica contra a Caixa, que será apresentada à Justiça do Trabalho de Porto Alegre nesta quinta-feira, 4 de maio.

De acordo com o advogado da Fetrafi-RS, Milton Fagundes, a medida visa resguardar os direitos dos empregados, que participaram de um movimento legítimo contra a sumária retirada de direitos trabalhistas históricos. O assessor jurídico explica que a ação propõe a compensação das horas não trabalhadas na greve geral, e a não caracterização do dia parado como falta injustificada.

"A atitude da Caixa, por exemplo, aponta particularidades equivocadas e visa punir o exercício da greve com retaliações diretas. A falta injustificada incide de várias formas na carreira do empregado, com reflexos negativos sobre o repouso remunerado, APIP e licença-prêmio”, afirma o advogado da Fetrafi-RS.

Segundo a Assessoria Jurídica, as ações terão abrangência estadual, com o objetivo de resguardar os direitos de todos os empregados e empregadas que participaram da greve geral.

Sobre a greve

Mais de 40 milhões de pessoas que participaram e apoiaram a Greve Geral do último dia 28 de abril. A data entrou para história como o dia da maior paralisação já vista no País. Com uma agenda clara e contra as reformas trabalhista e da Previdência, a greve geral contou com o apoio de dezenas de categorias profissionais e de toda a base da igreja católica no Brasil. Foi uma reação às reformas, mas também ao capítulo mais vergonhoso da história do Brasil: o golpe dos corruptos, articulado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR), que instalou Michel Temer no poder.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS
 


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