Com a crise econômica, agravada pela pandemia do novo coronavírus, em meio a crises políticas sem fim, desgovernado e sem política de geração de emprego e renda, o Brasil perdeu mais de um milhão de empregos com carteira assinada apenas entre março e abril, os dois meses em que mais estados decretaram medidas restritivas de circulação para conter a disseminação do vírus.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nesta quarta-feira (27), pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, nesses dois meses 1.101.205 de trabalhadores e trabalhadoras com empregos formais, portanto, com direitos assegurados, foram demitidos.

Em março foram fechados 240.702 postos formais de trabalho; em abril, foram 860.503, o pior resultado já registrado para esse mês desde 1992, quando o governo iniciou a série histórica do Caged.

O estado de São Paulo teve o pior desempenho, com o fechamento de 260.902 postos. Em segundo lugar vem  seguido por Minas Gerais (-88.298), em terceiro o Rio de Janeiro (-83.626) e, em quarto, o Rio Grande do Sul (-74.686).

O comércio foi o setor mais atingido pela crise e demitiu 342.748 trabalhadores de janeiro a abril. O setor de serviços vem em seguida, com 280.716 mil demissões, seguido da indústria (-127.886) e construção civil (-21.837).

O Caged só computa empregos formais, inclusive o intermitente que foi legalizado na reforma Trabalhista de Michel Temer. É diferente da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que trata do desemprego entre trabalhadores, com e sem carteira assinada.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, registrou 12,9 milhões de desempregados no final do primeiro trimestre deste ano.

Confira aqui a íntegra da pesquisa do Caged.

Fonte: CUT


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