A informação foi divulgada pelo jornal Estadão nesta sexta-feira (29). Nesta semana o presidente da Caixa já havia anunciado o “foco total da Caixa realizar os IPOs”

A Caixa Seguridade deve ser listada na bolsa de valores entre março e abril deste ano. É o que informa uma reportagem do jornal Estadão desta sexta-feira (29). Segundo fontes ouvidas pelo jornal e pela Brodcast, o objetivo é vender 30% do braço de seguros do banco público.

A Caixa Seguridade deve ser listada no Brasil e estima-se que a operação seja avaliada entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Esta é a terceira vez que a direção da Caixa tenta abrir o capital da subsidiária. A última tentativa, em setembro do ano passado, foi suspensa diante da instabilidade do mercado em razão da pandemia.

“Mas a pandemia não acabou. A vontade incontrolável de fatiar a Caixa para favorecer o mercado privado é tão grande que a direção do banco e o governo vão na contramão do mundo. As grandes economias que já passaram pela experiência de privatização estão num movimento inverso – estão reestatizando suas empresas, principalmente na pandemia, quando a presença do Estado é essencial para a população e para retomar a economia”, avaliou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto. “Ao contrário do que dizem os privatistas, os serviços nestes países se tornaram caros e ineficientes”.

Nesta semana, além de anunciar a abertura de capital da Caixa Seguridade, o presidente do banco, Pedro Guimarães reforçou a venda de outras partes do banco, como a Caixa Cartões, a Caixa Loterias, a gestão de recursos (asset) e o banco digital. “Nós queremos retomar as operações de mercado de capitais. É um foco total da Caixa realizar os IPOs, inclusive do banco digital”, disse em evento online promovido pelo banco Credit Suisse.

O banco digital ainda não existe, mas já é preparado para ser vendido. Ele vai englobar os serviços prestados pelo Caixa TEM –aplicativo criado pelos empregados do banco para possibilitar o pagamento do auxílio emergencial. Foram mais de 105 milhões de contas criadas para este pagamento. O Banco Central já deu aval para a criação da subsidiária.

Fonte: Fenae

 


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